Título da obra: Cabide


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Cabide
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s.d.
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Nina Moraes
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Biografia
Nina Maria de Moraes e Castro Santos (São Paulo SP 1960). Artista plástica, cenógrafa, professora. Estuda filosofia na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo - FFLCH/USP na década de 1980, e entra em contato com o grupo de teatro experimental Viajou sem Passaporte e com o coletivo de artistas visuais 3Nós3. Viaja para Paris em 1981, onde convive com artistas do nouveau realisme, especialmente François Dufrêne (1930). Conclui o curso de artes plásticas em 1982, na Fundação Armando Álvares Penteado - Faap, em São Paulo, onde é aluna de Regina Silveira (1939), Julio Plaza (1938 - 2003) e Nelson Leirner (1932). Nesse ano, faz sua primeira exposição individual em São Paulo, intitulada Morceaux Choisis. Em 1987, faz a cenografia de Bailado do Deus Morto, com direção de Lívio Tratemberg, e do espetáculo PRNY, dirigido por Wilson Sukorski, em 1988, ambos realizados na Oficina Cultural Oswald de Andrade, em São Paulo. Trabalha como artista gráfica em capas de livros, discos e peças de comunicação visual. Recebe, em 1989, o prêmio aquisição do 11º Salão Nacional de Artes Plásticas, da Fundação Nacional de Arte - Funarte, Rio de Janeiro. Em 1992, passa a integrar o Grupo Arte Construtora. Em 1999, cria o troféu para o Prêmio Multicultural do jornal O Estado de S. Paulo.
Comentário Crítico
Já em seus primeiros trabalhos, Nina Moraes utiliza produtos industriais muitas vezes envolvidos por resina plástica. Posteriormente suas obras apresentam-se como assemblages, que a artista constrói por meio de aglomerações e justaposições de objetos com cola, parafina ou outros materiais, acondicionados em caixas de madeira e cobertos com placas de vidro. Como nota o crítico Ivo Mesquita, Nina Moraes utiliza um processo de encapsulamento de materiais, formas e cores, estabelecendo testemunhos sobre a cultura da atualidade e conferindo um caráter pessoal e afetivo a suas obras.
O vidro é um material recorrente em sua produção, por suas propriedades, como a transparência e a distância que estabelece em relação a seus conteúdos. Os recipientes abandonam sua função de guardar coisas, tornando-se o suporte da obra e o lugar de exposição de um conjunto de memórias pessoais e sonhos.
Em algumas séries, os recipientes ordenados lembram compoteiras e vidros dispostos em bares e armazéns. Os objetos variados (como pedras, cacos de cerâmica, vidros, pequenos brinquedos ou mãos de ex-votos) têm o aspecto de objetos arqueológicos, formas desgastadas pelo tempo. Já nas Prateleiras (1996) os objetos de vidro de uso cotidiano, fixados de cabeça para baixo em estantes também de vidro, parecem desafiar a gravidade, apresentando grande leveza e estranheza. Em Das Lamentações (1999) emprega objetos de vidro também descartados, que são expostos em vitrines. A artista cria um universo a partir de sucata, realizando obras que solicitam a reflexão sobre a produção e o consumo em nossa sociedade, evocando ainda uma memória coletiva.
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Registro Fotográfico Romulo Fialdini
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_)
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Fundação Bienal de São Paulo
Museu de Arte Contemporânea José Pancetti (MACC)
Galeria de Arte São Paulo
Arco Arte Contemporânea Galeria Bruno Musatti (São Paulo, SP)
Fundação Bienal de São Paulo
Instituto de Arquitetos do Brasil. Departamento de São Paulo (São Paulo, SP)
Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Paço das Artes
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Fundación Museo de Bellas Artes (Caracas, Venezuela)
Casa Triângulo
Espaço Namour (São Paulo, SP)
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
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