Título da obra: Sem Título


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Sem Título
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2001
,
Marco Giannotti
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Marco Garaude Giannotti (São Paulo SP 1966). Pintor, gravador, tradutor e professor. Entre 1977 e 1980, freqüenta o ateliê de gravura em metal e desenho de Sérgio Fingermann (1953), em São Paulo. Mora em Nova York entre 1980 e 1982, onde participa de cursos de arte no The Metropolitan Museum of Art (MET). Ganha o prêmio aquisição do Salão Nacional de Artes Plásticas, no Rio de Janeiro, em 1986 e 1988. Em 1987, recebe a Bolsa Ivan Serpa, da Fundação Nacional de Arte (Funarte), no Rio de Janeiro. No ano seguinte, forma-se em filosofia na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP). Ainda em 1988, realiza suas primeiras exposições individuais em São Paulo e no Rio de Janeiro e recebe o prêmio aquisição no 2° Salão da Bahia. Conquista o prêmio aquisição no Salão de Brasília, em 1989. Defende, em 1993, mestrado em filosofia na FFLCH/USP com a tradução e introdução crítica da Doutrina das Cores, de Goethe (1749-1832). Em 1994, Carmela Gross (1946) é sua orientadora no doutorado em artes plásticas, concluído em 1998 na Escola de Comunicações e Artes da USP (ECA/USP), com a exposição Circuitos e o texto Desvio para a Pintura. Em 1997, recebe o prêmio de pintura da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA). É professor do Departamento de Artes Plásticas da ECA/USP desde 1998.
A produção de Marco Giannotti, na opinião do crítico de arte Lorenzo Mammì (1957), insere-se em uma categoria de trabalhos em que a forma é dada no decorrer do próprio processo de produção da obra, como na série em que pinta sobre papel fino, pregado sobre tela, sobre o qual utiliza uma mistura de óleo muito líquido, grafite, cera ou verniz. Por meio da superposição do papel na tela, a superfície pictórica se enruga e gera formas retorcidas.
Alguns quadros de Giannotti são povoados por letras ou traços, que remetem a uma caligrafia ou a formas figurativas indefinidas. Em Janelas (1993), o artista parte de fotografias feitas através de janelas e impressas na tela por meio de serigrafia. Essas imagens são remontadas e cobertas por camadas de pintura. Mas nelas ainda persistem restos de paisagem, fragmentos de molduras ou detalhes de construção, que se insinuam por entre a pintura. Já em trabalhos do final da década de 1990, começa a apresentar um maior uso da geometria, inserindo também, na composição, retas compostas por barras de ferro.
Como nota o historiador da arte Tadeu Chiarelli (1956), as obras mais recentes de Giannotti podem ser pensadas concomitantemente como apresentações de um espaço plano com áreas de cor e ainda como representações de um espaço ilusório, no qual figura e fundo parecem intercambiáveis. Essa tensão, que caracteriza a produção do artista, dá-se pela extrema horizontalidade das telas, que compelem o espectador a afastar-se ou caminhar à sua frente, para contemplá-las em sua totalidade.
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Marco Gianotti
O fascínio de Marco Giannotti pela pintura tem a ver com a capacidade que ela tem de registrar e retratar a história. “Através da obra de arte você consegue presenciar efetivamente algo que aconteceu 20 mil anos atrás, e aquilo se torna presente”, diz. Aos 12 anos, Giannotti inicia seus estudos de gravura com Sergio Fingermann, experiência fundamental em sua formação. “Embora eu não faça mais gravura, [meu trabalho atual] tem muito uma coisa de positivo, negativo, da impressão.” Para ele, o interesse dos artistas de sua geração – que desponta nos anos 1980 – pela pintura é de certa forma uma reação à geração anterior, “muito mais cerebral, duchampiana, analítica”. “A gente queria resgatar um pouco dessa visceralidade, essa experiência mais tátil e corpórea com a arte”, observa o artista. “A experiência da pintura realmente acontece quando o quadro surge de uma maneira totalmente surpreendente. Você se perde e se acha ao mesmo tempo”, completa.
Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Erika Mota (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Galeria Sesc Paulista
Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_)
Fundação Nacional de Artes. Centro de Artes
Galeria Espaço Alternativo
Paulo Figueiredo Galeria de Arte
Atelier Fortunato (São Paulo, SP)
Museu de Arte de Brasília (DF)
Galerie Raue (Bonn, Alemanha)
Arco Arte Contemporânea Galeria Bruno Musatti (São Paulo, SP)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Passárgada Arte Contemporânea
Municipal Art Gallery (Los Angeles, Estados Unidos)
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
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