Título da obra: Mandala


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Fábula
,
1989
,
Arlindo Daibert
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Biografia
Arlindo Daibert (Juiz de Fora MG 1952 - idem 1993). Desenhista, gravador, pintor e professor. Forma-se em letras pela Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF, em 1973. Na época, contribui com poemas e ilustrações no suplemento Arte e Literatura do Diário Mercantil, entre outros. Recebe prêmio do governo da França, e freqüenta curso de técnicas de gravura no Atelier Calevaet-Brun, em Paris, entre 1975 e 1976. Retornando ao Brasil, realiza individuais nas quais expõe desenhos organizados em séries temáticas: Alice no País das Maravilhas, Gran Circo Alegria de Viver e Fantástica, entre outras. As referências à literatura são uma constante em sua produção, como na série Macunaíma de Andrade, 1982. Participa da criação da Oficina de Gravura Largo do Ó, em Tiradentes, Minas Gerais, em 1984. Nesse mesmo ano, ingressa no Departamento de Artes da UFJF, onde dirige projeto de estudo e organização do acervo de artes plásticas do poeta Murilo Mendes (1901 - 1975). Coordena diversas mostras sobre o poeta e é curador de várias exposições de artistas brasileiros. Em 1995, é publicado Caderno de Escritos, pela Editora Sette Letras, com seus ensaios sobre arte, e, em 1998, o livro Imagens do Grande Sertão - Arlindo Daibert, com os trabalhos da série Grande Sertão: Veredas, pelas editoras da UFJF e da Universidade Federal de Minas Gerais. Em 2000, é publicado o livro Arlindo Daibert: Depoimento, organizado por Fernando Pedro da Silva e Marília Andrés Ribeiro, pela editora C/Arte.
Comentário Crítico
Arlindo Daibert inicia sua trajetória artística em 1970, produzindo desenhos de caráter fantástico, nos quais emprega uma técnica que se destaca pela clareza dos detalhes e pelo refinamento das composições. O artista realiza desenhos notáveis pela minúcia e pela precisão, onde se incorporam escritos. Em sua obra predomina o caráter erótico e também uma intrincada simbologia. Explora ainda o diálogo entre a literatura e as artes visuais. Como nota o crítico Roberto Pontual, após a estada em Paris, entre 1975 e 1976, Daibert gradualmente substitui o caráter apocalíptico de seus desenhos iniciais pela ironia.
Na série Alice no País das Maravilhas (1978), emprega o desenho refinado e cores suaves associadas a um forte componente erótico. Em outras séries, parte de fragmentos anatômicos, desenhados com uma precisão quase fotográfica, revelando sentimentos de estranheza e angústia contida.
São freqüentes ainda, em sua produção, as referências à literatura, como nas séries Macunaíma de Andrade e Grande Sertão: Veredas (ambas da década de 1980). Falece prematuramente, deixando inacabado o projeto O Retrato do Artista, no qual parte da figura do artista no quadro O Ateliê do Artista, de Jan Vermeer (1632-1675), que é repetida freqüentemente, sendo utilizada para a criação de novas construções plásticas. São constantes, em sua produção, a citação de obras consagradas da História da Arte, como as de Ingres (1780-1867) e Manet (1832-1883), com as quais dialoga.
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Registro fotográfico Sérgio Guerini
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
Registro fotográfico Sérgio Guerini
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
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Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
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Fundação Bienal de São Paulo
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