Título da obra: Sem Título


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Sem Título
,
1999
,
José Spaniol
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
José Paiani Spaniol (São Luiz Gonzaga RS 1960). Pintor, desenhista, gravador, escultor e professor. Entre 1978 e 1983, cursa artes plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, e tem aulas de gravura com Evandro Carlos Jardim (1935). Paralelamente, freqüenta cursos de modelo-vivo e pintura de paisagem na Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pesp). Nesta instituição, em 1985 e 1986, orienta oficinas de pintura e gravura. Em 1988 e 1989, é professor de artes plásticas na Faap. Realiza a mostra individual Pinturas e Objetos, em 1989, na Pesp. Vive em Colônia, Alemanha, entre 1990 e 1993, como bolsista do Deutscher Akademischer Austauch Dienst - DAAD [Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico]. Em 2003, com Marco Giannotti (1966), Mário Ramiro (1957) e Osmar Pinheiro (1950-2006), cria o espaço de ensino e pesquisa em arte Oficina Virgílio, em São Paulo. No mesmo ano, faz exposição individual no Museu Alfredo Andersen, em Curitiba.
No final da década de 1980, José Spaniol realiza uma série de pinturas abstratas em que utiliza tintas bastante diluídas sobre um suporte constituído por ripas de madeira (sarrafos), justapostas vertical ou horizontalmente. Dessa forma, permite que a madeira, com seu padrão de texturas e cor, também passe a ser parte integrante da obra, discutindo questões relacionadas ao suporte e à superfície da pintura.
Como nota o crítico Alberto Tassinari, Spaniol, ainda em sua produção inicial, parte de referências a objetos cotidianos, como portões, balões ou cartazes de rua, e estabelece uma troca entre a função utilitária e a poética, como nos cartazes de rua (Sem Título, 1994), em que, em oposição ao aspecto comercial e público, os textos trazem narrativas líricas ou relatos de caráter pessoal.
Destaca-se também a relação que Spaniol estabelece com a arquitetura e os locais expositivos, como em Mirante (1997), exposto no evento Arte/Cidade 3. O artista apresenta uma construção com quatro paredes de taipa, dispostas em uma planta quadrada, que permite o acesso ao interior através de frestas em cada um de seus cantos. Essa edificação não possui teto e as paredes têm apenas a função de dividir o espaço, o interior do exterior. Segundo Tassinari, vista de fora, a construção apresenta o aspecto de um volume cúbico; já o espaço interior, delimitado pelas paredes, enfatiza a visão do céu aberto e da própria paisagem vista através das frestas. O Mirante de José Spaniol não se situa em um local elevado, mas em uma paisagem plana. O artista cria um espaço geométrico que tem um caráter lírico, mas também irônico.
Em trabalho exposto em 2001, Spaniol produz objetos de cerâmica que remetem a formas conhecidas, mas que não podem ser identificadas. Os volumes, pintados com cores puras, fazem alusão à diversidade de cores da arquitetura brasileira, em especial aquelas dos casarios de cidades interioranas.
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
José Spaniol - Enciclopédia Itaú Cultural
José Spaniol começa sua carreira nos anos 1980 realizando pintura e gravura. Aos poucos, ele troca a tela por estruturas de madeira que recebem camadas de tinta. “Queria um suporte no qual já pudesse tratar de questões compositivas”, diz ele, que, posteriormente, investe em afrescos, paredes soltas que se movem pelo espaço expositivo. “O suporte foi ganhando importância e volume. Então, quando fui a Alemanha, comecei a trabalhar com escultura porque o plano ganhou cada vez mais volume”, conta. Ao mesmo tempo, suas obras e instalações passam a ser feitas em grandes formatos. “Quando você coloca a peça no lugar é que sente o fôlego que ela tem e o que significa”, completa. Para Spaniol, a relação do público com a peça é também física e sensorial, mas não necessariamente “interativa”. “É necessário um observador em movimento para se realizar uma experiência estética, mas isso não é necessariamente ‘interagir’”.
Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)
Fundação Cultural de Curitiba
Centro Cultural Brasil Estados Unidos (CCBEU)
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_)
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Paço Municipal
Galeria Municipal de Artes (Blumenau, SC)
Galeria Sesc Paulista
Paço das Artes
Fundação Bienal de São Paulo
Museu da Gravura Cidade de Curitiba
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Paço Municipal
Ateliê Ana Tatit, Laura Vinci, José Spaniol e Theo Werneck (São Paulo, SP)
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_)
Fundação Bienal de São Paulo
Shopping JK Iguatemi
Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: