Título da obra: Símbolos


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
O Grande Enigma
,
1986
,
Niobe Xandó
Reprodução fotográfica José Vilhora
Biografia
Niobe Nogueira Xandó Bloch (Campos Novos do Paranapanema, atual Campos Novos Paulista SP 1915 - São Paulo SP 2010). Pintora, desenhista e escritora. Autodidata. Vive a infância e a adolescência no interior de São Paulo, muda-se para a capital em 1932. Casa-se aos 16 anos com João Baptista Ribeiro Rosa, destacado militante, e passa a frequentar os locais de reuniões do Partido Comunista. Inicia sua carreira como artista plástica em 1947. Nesse ano, conhece os pintores Yoshiya Takaoka(1909-1978) e Geraldo de Barros (1923 - 1998) no ateliê do professor e artista Raphael Galvez (1895 - 1961). Faz sua primeira exposição individual em 1953, em São Paulo, na Livraria das Bandeiras, na Praça da República. Separada do primeiro marido, casa-se novamente com o intelectual tcheco Alexandre Bloch, por intermédio de quem se torna amiga de Vilém Flusser, que escreve artigos sobre sua obra de Xandó. Durante o ano de 1957, viaja pelas cidades de Madri, La Coruña e Paris. Seu trabalho ganha destaque em 1965, na 8ª Bienal Internacional de São Paulo. De volta ao Brasil, muda-se com o marido para Salvador. O casal segue para a Europa em 1968, com períodos em Paris, Londres e Estocolmo. Regressam ao Brasil em 1971, vivendo em São Paulo até 1980. Xandó viaja a Nova York em 1981 e 1983, depois regressando em definitivo ao Brasil. Entre as exposições em que se destaca estão a 10ª Bienal Internacional de São Paulo, de 1969, onde tem sua obra apresentada na sala especial de Artes Mágica, Fantástica e Surrealista, e a 1ª Bienal Latino-Americana de São Paulo, realizada em 1978, onde seu trabalho representa a influência das culturas africana e indígena na arte brasileira.
Comentário Crítico
Niobe Xandó começa a pintar na década de 1950, executando obras figurativas de um cromatismo bem cuidado, que deixam entrever múltiplas referências: Paul Gauguin, Edvard Munch, Marc Chagall, estão entre elas. Aos poucos, sua obra caminha para um imaginário fantástico cada vez mais próximo da abstração, como em Bicho Estranho (1966) e Ave-Flor II (1967). O tema das máscaras é desenvolvido com constância durante a década de 1960, e passa a ser um motivo recorrente na obra da artista a partir de então. É também nessa década que ela cria a série dos Totens, na qual recobre volumes de madeira com as linhas e cores usadas nas Máscaras. Outra forte corrente de pesquisa é aquela ligada ao letrismo, movimento das décadas de 1960 e 1970 que pretendia criar uma nova escrita com base em símbolos. Apesar de não se filiar oficialmente a esse grupo, Xandó realiza obras em sintonia com tais ideias, como O Enigma da Nova Escrita I (1966) e Brasil (1970). Sobre esses trabalhos, Xandó comenta, em carta de 1969: "O meu problema com as letras é o de contrair, isto é, eliminar linhas, escrever o máximo com o mínimo das mesmas". Ao mesmo tempo, a artista aborda o embate entre o arcaico e o contemporâneo em obras que podem ser agrupadas sob o nome - criado por ela mesma - mecanicismo, como O Círculo Branco (1970) e Black Power II (1970), e sobre as quais a artista pondera, em carta de 1978: "Aos poucos estes elementos mecânicos passaram a dominar meu trabalho. Sentia então duas coisas: horror e atração. Acho que isto é um conflito do primitivo com o mundo atual".
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica José Vilhora
Reprodução fotográfica Cassio Vasconcellos
Reprodução fotográfica Cassio Vasconcellos
Reprodução fotográfica José Vilhora
Reprodução fotográfica José Vilhora
Reprodução fotográfica José Vilhora
Reprodução fotográfica José Vilhora
Reprodução fotográfica José Vilhora
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica José Vilhora
Reprodução fotográfica José Vilhora
Reprodução fotográfica José Vilhora
Reprodução fotográfica Bárbara Schubert Spanoudis
Registro fotográfico autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica José Vilhora
Reprodução fotográfica José Vilhora
Galeria Prestes Maia
Galeria Prestes Maia
Galeria Oxumaré
Galeria Belvedere da Sé (Salvador, BA)
Musée National d´Art Moderne (MNAM)
Galeria Prestes Maia
Musée National d´Art Moderne (MNAM)
Galeria de Artes das Folhas (São Paulo, SP)
Galeria Prestes Maia
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Galeria de Artes das Folhas (São Paulo, SP)
Galeria Prestes Maia
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: