Título da obra: Bolas-Bolhas


Registro fotogrático Sérgio Guerini
Bolas-Bolhas
,
1964
,
Amelia Toledo
Registro fotogrático Sérgio Guerini
Amelia Amorim Toledo (São Paulo, São Paulo, 1926 - idem, 2017). Escultora, pintora, desenhista, designer. Frequenta o ateliê de Anita Malfatti (1889-1964), em São Paulo, no fim dos anos 1930. Entre 1943 e 1947, estuda com Yoshiya Takaoka (1909-1978) e, em 1948, com Waldemar da Costa (1904-1982). Nesse mesmo ano, trabalha com desenho de projetos no escritório do arquiteto Vilanova Artigas (1915-1985). Em 1958, frequenta a London County Council Central School of Arts and Crafts, em Londres. De volta ao Brasil, em 1960, estuda gravura em metal com João Luís Oliveira Chaves (1924), no Estúdio/Gravura. Obtém, em 1964, o título de mestre pela Universidade de Brasília (UNB). Desde a metade dos anos 1960, leciona na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie e na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, e na Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi), no Rio de Janeiro. A artista dedica-se também à pintura a óleo e aquarela e ao design de jóias. Realiza obras para espaços públicos, como o projeto cromático, 1996/1998, para a estação Arcoverde do metrô do Rio de Janeiro. Em 1999, é realizada exposição retrospectiva de sua obra na Galeria do Sesi, em São Paulo, e, em 2004, é publicado o livro Amélia Toledo: As Naturezas do Artifício, de Agnaldo Farias.
No início dos anos 1960, Amelia Toledo parte do estudo do espaço escultórico de raiz construtiva, e realiza curvaturas em elementos geométricos regulares. Explora também as possibilidades oferecidas pela superfície espelhada do aço inoxidável. Por meio do jogo de reflexos, a multiplicação das superfícies é potencializada, e o espaço desdobra-se em um jogo de ressonâncias, aproximando-se da arquitetura. Em Situação Tendendo ao Infinito (1971), Toledo basea-se na geometria, empregando um cubo de formas cristalinas que é dividido em oito cubos menores e assim sucessivamente. A obra faz um convite à manipulação - pode ser desmontada e remontada em várias configurações.
Amelia Toledo apresenta, desde a década de 1970, uma produção baseada nas formas da natureza. Recolhe e coleciona materiais como conchas e pedras, sobre as quais age minimamente. A paisagem também é uma constante, exemplificada em obras como Fatias de Horizonte (1996), na qual anteparos com chapas de aço recriam a ilusão visual da linha do horizonte, envolvendo questões como continuidade e descontinuidade. O caráter experimental, a utilização de uma extensa gama de materiais - da natureza e industriais - e o interesse em recriar a paisagem são, portanto, recorrentes na obra da artista, que se dedica também à pintura a óleo e aquarela, em obras geralmente monocromáticas, com sutis vibrações luminosas.
Registro fotogrático Sérgio Guerini
Registro fotográfico Sérgio Guerini
Reprodução fotográfica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Registro fotográfico Sérgio Guerini
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Registro fotográfica Edouard Fraipont
Amélia Toledo - Enciclopédia Itaú Cultural
Desde a infância, as pedras estão presentes na vida da artista plástica Amelia Toledo. Sua mãe, cientista, costumava catalogar e colecionar pedras para a filha. Adulta, Amelia resgatou a ligação com esse material, usando-o como matéria-prima para suas esculturas e também em seu ofício como designer de joias. Por um breve período, sua produção expressou um inconformismo com questões políticas, como a ditadura militar no Brasil, que obrigou sua família a se exilar na Europa. “Isso foi uma coisa que me levou a criar obras em preto, como se fosse uma coisa negativa. Hoje, vejo o preto como a noite. Sem a noite não existiria vida na Terra”, diz. Por isso, o uso de cores em sua obra liga-se a uma proposta política. Seu processo de criação não segue um método específico, surge de forma natural e espontânea. “Não tenho uma proposta intelectual dentro da qual tenho que me manter. O trabalho nasce assim que vou fazer”, afirma.
Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Erika Mota (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)
Galeria Ambiente (São Paulo, SP)
Galeria Ambiente (São Paulo, SP)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Galeria Oca (Rio de Janeiro, RJ)
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
Galeria Atrium (São Paulo, SP)
Fundação Bienal de São Paulo
Museu de Arte Contemporânea José Pancetti (MACC)
Galeria Bonino
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Museu de Middelheim (Antuérpia, Bélgica)
Galeria da Collectio
Galeria Múltipla de Arte
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Parque Ferial Juan Carlos I
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
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