Título da obra: Composição em Vermelho


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Embalos
,
1981
,
Francisco Amêndola
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Francisco Amêndola da Silva (Ibitinga, São Paulo, 1924 – Ribeirão Preto, São Paulo, 2007). Pintor, ilustrador, publicitário, artista gráfico e fotógrafo. Seu pai, líder político, funda o banco Melhoramentos de Ibitinga e o vilarejo de Cambaratiba. Em 1938, muda-se para Campinas e estuda no colégio interno Ateneu Paulista. Nessa época, passa a interessar-se por arte, principalmente pelo desenho. Transfere-se, em 1941, para o Colégio Estadual, em Araraquara, onde permanece até 1944. Nesse ano, com a morte do pai, volta a Ibitinga para administrar a fazenda da família. Mais tarde, retorna à Araraquara, onde estuda na Escola de Belas Artes e tem aulas de pintura com Mario Ybarra de Almeida (1893-1952) e Domenico Lazzarini (1920-1987). Forma-se em 1950 e, em 1951, participa do Salão de Belas Artes de Araraquara, ao lado de Alfredo Volpi (1896-1988), Tarsila do Amaral (1886-1973), Flávio de Carvalho (1899-1973) e Aldemir Martins (1922-2006). A exposição repercute na mídia e atrai a atenção de críticos, como Ivo Zanini (1929) e Sérgio Milliet (1898-1966). Participa da 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951. Em 1954, torna-se diretor da Escola de Belas Artes de Araraquara, onde leciona. Faz trabalhos em publicidade e ilustrações para a imprensa. Em 1959, dá aulas na Escola de Artes Plásticas de Ribeirão Preto. Envolve-se com as atividades promovidas pela escola, como os clubes de fotografias, mostras de acervos de museus, festivais de cinema, noites de autógrafos, cursos e palestras. Em 1966, funda com outros artistas o Atelier 1104.
Francisco Amêndola é um dos artistas mais representativos da ebulição cultural vivida pelos municípios paulistas de Araraquara e Ribeirão Preto, entre as décadas de 1940 e 1960. Essas cidades tornam-se polos artísticos locais, interlocutoras culturais em relação à capital do estado e protagonistas da passagem da arte tradicional para a arte moderna no interior de São Paulo. Amêndola estuda na Escola de Belas Artes de Araraquara entre as décadas de 1940 e 1950, tendo como mestres Mario Ybarra de Almeida e Domenico Lazzarini. Em meados dos anos 1950, a pintura de Amêndola elege como referência a corrente geométrico-abstrata, presente nas Bienais de São Paulo. Não adere, porém, à pura geometria. O artista organiza de maneira mais geométrica a composição, sem renunciar às modulações das cores, elaboradas com rica gama de tons. Pode-se ver o acréscimo de outra referência à obra desse artista, a partir do fim dos anos 1960. Como seu mestre Lazzarini, Amêndola liga-se à abstração informal, então em voga no Brasil. O crítico Tadeu Chiarelli (1956) observa que “o grafismo da produção de Amêndola entre os anos 50 e 60 pode ser entendido como recriação do grafismo presente na produção pictórica de Lazzarini nos anos 50”. Seria o caso, por exemplo, da tela Buracão, de 1963.
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Pavilhão do Trianon (São Paulo, SP)
Galeria Prestes Maia
Fundação Bienal de São Paulo
Galeria Prestes Maia
Seta Galeria de Arte (São Paulo, SP)
Escola de Artes Plásticas de Ribeirão Preto (Ribeirão Preto, SP)
Museu de Arte Contemporânea José Pancetti (MACC)
Faculdade de Filosofia de Franca (Franca, SP)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
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