Título da obra: Sem Título


Sem Título
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1988
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Frida Baranek
Frida Lidia Baranek (Rio de Janeiro RJ 1961). Escultora, arquiteta, gravadora, desenhista. Estuda escultura, entre 1982 e 1984, com João Carlos Goldberg (1947) e Tunga (1952), na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. Forma-se em arquitetura pela Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, em 1983. Em 1984, inicia pós-graduação em escultura pela Parsons School of Design, em Nova York. Atua com desenho, gravura e predominantemente com escultura. Em suas obras emprega materiais industrializados, como placas, hastes e fios de ferro ou aço, que muitas vezes são previamente expostos à ação do tempo, de maneira a perder sua aparência original. Reside em Paris na década de 1990, depois em Berlim e, a partir de 2002, vive em Nova York. Desde o fim da década de 1980, produz esculturas empregando pedras e filamentos de ferro que se expandem, adaptadas aos espaços expositivos. Em produção posterior, de 2001, trabalha com armários, que guardam objetos inusitados como chapas de metal, peças de avião, tubos e emaranhados de fios.
Em sua produção, Frida Baranek utiliza com freqüência materiais industrializados cujas propriedades estão intimamente relacionadas à expressão visual das obras, como placas, hastes e fios de ferro ou aço. Esses materiais são expostos previamente à ação do tempo, de maneira a perder sua aparência original, aproximando-se assim de destroços.
Baranek trabalha constantemente questões relacionadas a equilíbrio e desequilíbrio, como na obra de 1985, na qual um balão vermelho sustenta uma pedra, parecendo contrariar a gravidade. Em obras posteriores insere placas de metal ou pedras em emaranhados de filamentos de ferro. Nessas peças existe o jogo de equilíbrio no qual, aparentemente, o material mais leve sustenta o mais pesado. A obra não tem um formato predefinido, adaptando-se ao espaço. A artista explora também a tensão entre formas orgânicas e materiais inorgânicos, estabelecendo uma contradição entre os materiais industriais e a delicadeza obtida em suas esculturas.
Na opinião da historiadora da arte Aracy Amaral, um olhar mais atento percebe, entretanto, que "a linearidade do desenho parece se insinuar através da transparência da 'massa' tridimensional explicitando a manipulação que ela opera com seus materiais, adequando-os à sua proposta. Frida Baranek 'concebe a imagem', como diz, antes de realizar sua instalação, mais mentalmente em primeira instância. No entanto, o gestual do desenho é visível em seu trabalho [...] a revelar formas/planos como um penetrável que se transpõe pelo olhar através do emaranhado do arame oxidado ".1
Em produção posterior, Baranek trabalha com armários abertos, que revelam fios, tubos, chapas de metais ou mesmo peças de avião. Essas obras causam estranhamento ao apresentar objetos retirados de seu contexto cotidiano, e pela sugestão de temas ligados ao inconsciente.
1 AMARAL, Aracy. Frida Baranek In BARANEK, Frida. Frida Baranek. São Paulo: Gabinete de Arte Raquel Arnaud, 1990, n. p.
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini/Itaú Cultural
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Museu de Arte da Pampulha (MAP)
Escola de Artes Visuais do Parque Lage
Fundação Bienal de São Paulo
Petite Galerie
Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes
Estação Carioca do Metrô (Rio de Janeiro, RJ)
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_)
Galeria Sérgio Milliet
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Galeria 110 Arte Contemporânea (Rio de Janeiro, RJ)
Fundação Bienal de São Paulo
Gabinete de Arte Raquel Arnaud
Konstavdelningen och Liljevalchs Konsthall (Estocolmo, Suécia)
Fundación Museo de Bellas Artes (Caracas, Venezuela)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Casa das Rosas
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
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