Título da obra: Natureza-morta


Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Natureza-morta
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s.d.
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Mário Silésio
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Mário Silésio de Araújo Milton (Pará de Minas, Minas Gerais, 1913 - Belo Horizonte, Minas Gerais, 1990). Pintor, desenhista, muralista e vitralista. Cursa direito na Universidade de Minas Gerais - UMG (atual Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG), em Belo Horizonte, entre 1930 e 1935. Estuda desenho e pintura na Escola Guignard, sob a orientação de Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), entre 1943 e 1949. Em 1953 viaja para Paris, como bolsista do governo francês, e ingressa no curso de André Lhote. De volta ao Brasil, entre 1957 e 1960 executa diversos painéis em edifícios públicos e privados de Belo Horizonte, como Banco Mineiro de Produção, Condomínio Retiro das Pedras, Inspetoria de Trânsito, Teatro Marília, Escola de Direito da UFMG e Departamento Estadual de Trânsito - Detran. É também de Silésio o mural feito para o Clube dos Engenheiros, em Araruama, Rio de Janeiro. Executa os vitrais da Igreja dos Ferros em 1964.
Durante os anos 1940, Mário Silésio estuda desenho e pintura com Guignard (1896-1962), na então Escola de Belas Artes, hoje Escola Guignard, em Belo Horizonte. É através dele que Silésio descobre as obras de Paul Cézanne (1839-1906) e Henri Matisse (1869-1954). Porém, a descoberta mais importante desse período, também proporcionada pela Escola, seria o cubismo, que dá ao artista o impulso para sua trajetória rumo à abstração de caráter geométrico. A figuração que Silésio pratica até então se fragmenta gradualmente, buscando a síntese cubista. Sua obra alcança, no início dos anos 1950, a pura abstração geométrica, como na tela Construção nº 5, 1957. Também a partir dos anos 1950, sua pintura encontra expansão nos grandes painéis que realiza para edifícios públicos em Belo Horizonte, integrando-se à paisagem.
O crítico Marcio Sampaio observa que para Mário Silésio - como mais tarde, em outro nível, para os neoconcretistas brasileiros - a forma não deve nunca nascer de uma simples operação matemática, desprovida de espírito e de emoção. É nesse sentido que o trabalho de Silésio, em certo momento, revela um gosto pelas formas circulares impregnadas de luz e de sensibilidade lírica.
Nos anos 1970, o artista retoma em parte a figuração, pintando naturezas-mortas ou paisagens, porém num registro geométrico, como em Paisagem, 1986. Para Sampaio, grande parte da obra de Silésio se acha marcada pela forte presença de uma estrutura arquitetural "amarrando" a composição.
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Galeria de Artes das Folhas (São Paulo, SP)
Museu de Arte da Pampulha (MAP)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
BIENAL BRASIL SÉCULO XX, 1994, São Paulo, SP. Bienal Brasil Século XX: catálogo. Curadoria Nelson Aguilar, José Roberto Teixeira Leite, Annateresa Fabris, Tadeu Chiarelli, Maria Alice Milliet, Walter Zanini, Cacilda Teixeira da Costa, Agnaldo Farias. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1994.
EXPOSIÇÃO dos murais das escolas municipais de Belo Horizonte. Apresentação de Luiz Verano e Orlando Vaz Filho. Belo Horizonte: s. ed. , 1976.
GALERIA de Arte Centro Empresarial Rio 1988. Curadoria Wilson Coutinho. Rio de Janeiro: Galeria de Arte Centro Empresarial Rio, 1988.
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