Título da obra: O Guardador de Ofícios


Reprodução Fotográfica Autoria Desconhecida
O Guardador de Ofícios
,
1987
,
Fernando Augusto
Reprodução Fotográfica Autoria Desconhecida
Fernando Augusto dos Santos Neto (Itanhém BA 1960). Pintor, desenhista e professor. Cria em 1978, na cidade baiana de Medeiros Neto, o Grupo Molière de Teatro, no qual dirige e adapta várias peças. Muda-se para Belo Horizonte em 1981 e gradua-se em artes plásticas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1987. Recebe bolsa de viagem do Instituto Goethe, e parte para a Alemanha em 1989. Dois anos depois, torna-se professor adjunto da Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde desde 2005 é professor visitante, responsável pelas disciplinas de pintura, desenho e fotografia. Conclui mestrado em 1995, em comunicação e semiótica, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Em 2000, obtém o título de doutor pela mesma instituição e na mesma área de estudo, além do Diplôme des Études Approfondies (DEA), pela Universidade de Paris I - Sorbonne. Além disso, é colaborador da Fundação Universidade do Contestado (UnC), em Santa Catarina, desde 2004, e professor titular da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), a partir de 2005.
Fernando Augusto já havia trabalhado com teatro, desenho e gravura quando, em 1991, realiza a individual Um Lugar para Homens e Animais. Nas pinturas exibidas nessa mostra, Augusto busca unir às artes plásticas o tempo e o espaço das histórias em quadrinhos e, para isso, confere à exposição um caráter narrativo.
Expõe, em 1993, trabalhos feitos com técnica mista sobre papel, nos quais sobrepõe desenho, pintura e colagem, utilizando bilhetes guardados no decorrer dos anos. Com base nessas obras, passa a lidar com questões ligadas à memória e à exposição do próprio processo de trabalho. Em obras como Livro Vermelho, 1996, ele amplia sua pesquisa, usando como suporte envelopes de cartas recebidas, interferindo sobre eles com tinta nanquim e traços de ponta-seca.
As pinturas feitas a partir de 1996 exploram tons mais amenos e cores diluídas. Nelas, Augusto faz uso do carvão para escrever e desenhar sobre a tela. O crítico Agnaldo Farias observa que nessas obras as névoas, neblinas e trevas pertencem igualmente aos domínios do visível e do pictórico, e que tal constatação faz-se necessária para perceber o cerne da pintura de Fernando Augusto, a pintura como um território de equivalência entre várias linguagens visuais.
Em 2000, Augusto realiza individual na qual mostra, além de desenho e pintura, fotografias e objetos. Nessa exposição, dá continuidade à temática relativa às camadas de tempo implicadas no processo artístico e suas dificuldades, questão que permeia toda sua produção.
Reprodução Fotográfica Autoria Desconhecida
Casa da Cultura de Ribeirão Preto
Museu de Arte Contemporânea do Paraná
Museu de Arte da Pampulha (MAP)
Universidade Federal de Minas Gerais. Escola de Belas Artes (Belo Horizonte, MG)
Museu de Arte de Goiânia (GO)
Museu de Arte Contemporânea do Paraná
Museu da Gravura Cidade de Curitiba
Museu de Arte da Pampulha (MAP)
Museu de Arte Contemporânea do Paraná
Fundação Bienal de São Paulo
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