Título da obra: Sem Título


Sem Título
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1982
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Jandyra Waters
Jandyra Ramos Waters (Sertãozinho, São Paulo, 1921). Pintora, escultora, gravadora e poeta. Nas várias fases de sua produção, destacam-se o abstracionismo, as perspectivas tridimensionais em seus relevos, a geometria rígida e a perfeição em sua técnica, utilizando-se de cores fortes em sua paleta. É considerada uma das pioneiras do abstracionismo, além de ter importante papel na evolução da arte construtivista no Brasil.
Viaja para a Europa em 1945, como membro da equipe brasileira de auxílio às vítimas da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). No fim dos anos 1940, cursa pintura no County Council Art School, em Sussex, na Inglaterra, onde, em 1948, realiza sua primeira pintura, uma natureza-morta. Na década de 1950, de volta a São Paulo, estuda pintura com o pintor japonês Yoshiya Takaoka (1909-1978), e escultura e cerâmica com o escultor André Osze. Por volta de 1952, cursa gravura e pintura mural na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) com os gravadores Darel (1924-2017) e Marcelo Grassmann (1925-2013), e com o pintor Clóvis Graciano (1907-1988), e estuda história da arte na Universidade de São Paulo (USP). Participa de sua primeira exposição em 1956, no 21º Salão Paulista de Belas-Artes, em São Paulo.
Transitando do estilo clássico e do figurativismo para o abstracionismo, Jandyra expressa suas percepções e sensações livremente por meio de cores, formas e matéria. A artista busca harmonia e equilíbrio articulando sensibilidade e ordem por meio da abstração. Em sua produção da década de 1960, Jandyra apela para o informalismo, e organiza planos de cor, insere linhas, constrói formas que se articulam no espaço num embate entre emoção e razão.
Na década de 1970, a artista vive uma fase de transição da abstração orgânica para a racionalização na cor e a geometrização das superfícies. A simplificação de formas e a sobreposição de cores se organizam em sua obra resultando em uma ambiguidade entre a figura e o fundo. Sobressaem-se formas racionais e orgânicas, que criam ritmos por meio das cores, propondo uma coreografia de movimentos e tensões, formas e cores. Em sua experimentação, Jandyra explora a cor, revê seus temas, arranjos, combinações, linhas e tons, e busca a essência e a harmonia por meio da cor e suas relações. Na composição tridimensional Templo (1982), a artista explora em sua geometria o sagrado e o metafísico em cores vivas.
Jandyra é ainda escritora, e tem três livros de poemas publicados, entre eles Desvendador (1977), cujo título é emprestado para a exposição em comemoração ao centenário da artista na Galeria Mapa, em 2021.
Em sua trajetória, Jandyra Waters explora formas, linhas, superfícies, experimentando em seus elementos combinações de cores com potência e vitalidade, estimulando a percepção do espectador
Galeria Prestes Maia
Galeria Prestes Maia
Clube dos Artistas e Amigos da Arte de São Paulo (SP)
Galeria Prestes Maia
Museu de Arte Brasileira (MAB-FAAP)
Convento de Nossa Senhora do Carmo. Igreja (Salvador, BA)
Fundação Bienal de São Paulo
Museu de Arte Contemporânea José Pancetti (MACC)
Teatro Nacional Cláudio Santoro
Museu de Arte Contemporânea José Pancetti (MACC)
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Centro de Artes Porto Seguro
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Itaugaleria (Avenida Brasil, São Paulo, SP)
Sadalla Galeria de Arte (São Paulo, SP)
Paço das Artes
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
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