Título da obra: A Procissão


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Microscópio
,
1974
,
Gerda Brentani
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Biografia
Gerda Brentani (Trieste, Itália 1908 - São Paulo SP 1999). Pintora, caricaturista, desenhista, gravadora, ilustradora. Muda-se para São Paulo, com o marido e dois filhos, em 1939. É quando conhece Rossi Osir (1890 - 1959) e Ernesto de Fiori(1884 - 1945), que se torna seu professor de pintura. Entre 1940 e 1941, Gerda pinta azulejos para a Osirarte, onde também realiza pinturas a óleo e participa da 1ª Exposição da Osirarte, em 1941. É cofundadora do Clube dos Artistas e Amigos da Arte de São Paulo - o Clubinho - em 1945, ano de sua primeira exposição individual, no Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). Realiza a exposição individual A Criação do Mundo, Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), em 1950. Participa da 8ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1963, e, no ano seguinte, integra a Comissão de Reestruturação do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP). Inicia a prática de gravura em metal em 1968, com orientação de Marcelo Grassmann (1925). O MAM/SP dedica-lhe uma mostra retrospectiva com desenhos, gravuras e pinturas, em 1977, e é homenageada no 15º Salão de Humor de Piracicaba, em 1998. Em 2004, a Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pesp) apresenta 150 trabalhos da artista, na exposição Desenhos de Gerda Brentani, Mil e Uma Histórias, com curadoria de Vera d'Horta.
Comentário Crítico
Elegendo o desenho a nanquim como sua técnica preferida, Gerda Brentani constrói um universo muito particular, povoado de seres tão humanos quanto insólitos. Com base na observação do real, a artista processa o que vê através da fineza de seu humor e de seu traço, e passa então a uma dimensão fantasiosa. É assim que, em 1961, após conhecer o Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ/USP), Gerda elabora uma série de mais de 100 desenhos em que onças, cobras, passarinhos e insetos sempre deixam entrever num olhar, num gesto, algum traço do caráter humano.
A delicadeza da linha com que a artista cria os desenhos e a composição sucinta realçam a agudeza dos comentários acerca dos comportamentos, hábitos e convenções do homem. Por diversas vezes a linha apresenta-se de forma quase ininterrupta, com bico-de-pena, se afasta da superfície do papel somente quando é completada a figura. Essa segurança na fatura do desenho deixa a artista à vontade para, em várias obras, brincar com os meios-tons de cinza que recobrem a superfície das figuras - a capa de São Jorge, as escamas do dragão, o corpete da bailarina.
Na década de 1960, ainda usando os animais como tema e com marcado lirismo, Gerda escolhe o pincel para aplicar o nanquim em algumas obras (por influência do sumiê) e, em outras, acrescenta ao preto-e-branco pequenos detalhes coloridos que aos poucos vão ganhando espaço. A cor encontra-se plenamente afirmada na década de 1980, com a série São Paulo: Casas e Fachadas, na qual retrata antigos casarões paulistanos.
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Galeria Prestes Maia
Galeria Domus
Galeria Domus
Galeria Prestes Maia
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Instituto de Cultura Hispânica (Madri, Espanha)
Galeria de Artes das Folhas (São Paulo, SP)
Clube dos Amigos do MAM (São Paulo, SP)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Fundação Bienal de São Paulo
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