Título da obra: Algodoal


Algodoal
,
1985
,
Cássio Vasconcellos
Biografia
Cássio Campos Vasconcellos (São Paulo SP 1965). Fotógrafo. Em 1981, freqüenta cursos de fotografia na Escola Imagem-Ação, em São Paulo. Começa a trabalhar como fotojornalista na revista IstoÉ, em 1984. No ano seguinte, permanece seis meses em Nova York. Trabalha na Folha de S. Paulo em 1988 e, vai morar em Paris, onde atua como freelancer para esse jornal e para a Editora Abril, em 1989. Em 1990, faz fotografias publicitárias para a agência DPZ Propaganda. Na seqüência, monta estúdio próprio e especializa-se em fotografias aéreas. Paralelamente às atividades comerciais, desenvolve projetos experimentais nos quais realiza intervenções que descaracterizam o aspecto documental da imagem fotográfica. Em 1994, lança o livro Cássio Vasconcellos. Paisagens Marinhas, com fotos feitas com base em fragmentos de negativos colados com fita adesiva e fogo, além de manipulações no laboratório que dão aos trabalhos o aspecto de gravura. Recebe o Prêmio Nacional de Fotografia, da Fundação Nacional de Arte - Funarte em 1995; Prêmio J. P. Morgan de Fotografia, 1999 e Prêmio Porto Seguro de Fotografia, 2001. Participa do evento Arte Cidade, na capital paulista, em 1994 e 2002. Ganha o prêmio de melhor exposição do ano concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte - ABCA com a mostra Noturnos - São Paulo, que dá origem ao livro homônimo. Entre 2003 e 2004, vive na Cité International des Arts [Cidade Internacional das Artes], em Paris.
Comentário Crítico
Tendo como tema a paisagem urbana, Cássio Vasconcellos trabalha com procedimentos que afastam a fotografia de sua função documental e a aproximam do universo da pintura e das artes gráficas. Assim como outros artistas contemporâneos, ele retoma criticamente o pictorialismo, movimento fotográfico surgido no fim do século XIX.
Na série Panorâmicas Verticais, com a intenção de se distanciar da percepção cotidiana, fotografa São Paulo de um helicóptero. Em seguida, cola fitas adesivas transparentes no negativo, destacando partes dele em formato retangular vertical. Além de eliminar a ilusão de profundidade, ao mostrar seqüências de carros e prédios observados de cima, apresenta uma visão ordenada da megalópole caótica. Suas escolhas criam um estranhamento em relação àquilo que se conhece da cidade e produzem imagens que lembram estampas antigas.
Em Noturnos, o artista agrega à fotografia características da pintura, da gravura e do cinema. Como se pintasse diretamente o espaço urbano, transita à noite iluminando edifícios, pontes e viadutos com lanternas e holofotes com filtros coloridos. Utiliza uma câmera Polaroid com um tipo de filme que acentua a saturação das cores, escaneia as fotos e as imprime com jato de tinta num papel poroso. O resultado parece uma gravura, mas os enquadramentos fragmentados, a ausência de figuras humanas e os tons amarelos e verdes remetem a um cenário futurista de abandono. Nesse caso, ao se afastar da dimensão cotidiana, o artista revela aspectos de uma realidade contraditória, na qual a tecnologia convive com o lúgubre e o decadente.
arquivo do artista
arquivo do artista
arquivo do artista
arquivo do artista
Reprodução fotográfica aquivo do artista
Universidade de Brasília (DF)
Galeria Funarte (Brasília, DF)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Casa de las Américas
Funarte. Galeria de Fotografia (Rio de Janeiro, RJ)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Galeria Fotóptica
Brazilian-American Cultural Institute (Washington, DC, Estados Unidos)
Galerie Debret
Centro Cultural Borges (Buenos Aires, Argentina)
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_)
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
Shopping JK Iguatemi
Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: