Título da obra: Sem Título


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Sem Título
,
1990
,
Sérgio Sister
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Sérgio Sister (São Paulo, São Paulo, 1948). Pintor, desenhista. Cursa pintura na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, entre 1964 e 1967, e desenho, com Ernestina Karman (1915-2004), de 1965 a 1967. Entre 1968 e 1975, realiza graduação em ciências sociais e pós-graduação em ciência política na Universidade de São Paulo (USP). Nesse período, é preso por motivos políticos. Permanece 19 meses, entre 1970 e 1971, no Presídio Tiradentes, em São Paulo, e freqüenta o ateliê livre dessa instituição. Torna-se membro do conselho consultivo da revista Guia das Artes. Na década de 1980, realiza telas abstratas e quadros de pequenas dimensões, e, no fim dos anos 1990, executa em madeira a série Ripas. Em 2002, é publicado o livro Sérgio Sister, com textos de Alberto Tassinari, Lorenzo Mammì, Rodrigo Naves e do próprio artista, pela Editora Casa da Imagem, de Curitiba. Atua ainda como jornalista e ilustrador, entre outros, do livro O Senhor do Bom Nome, de Ilan Brenman, publicado em 2004.
Sérgio Sister, no início da década de 1980, realiza telas abstratas, nas quais alia formas geométricas a manchas de cor. Em Cave 1 (1986), os planos coloridos se destacam do fundo negro, revelando uma luminosidade que parece emanar das áreas de cor. O artista explora a gestualidade da pincelada em texturas rugosas, contrapostas a outras de fatura mais impessoal. Nas telas de pequenas dimensões, realizadas entre 1988 e 1992, ele trabalha com faixas de cor de tonalidades aproximadas, empregando pinceladas curtas e tintas metálicas.
Sobre suas obras, Sister afirma em texto de 1998: "Há alguns anos que encaro com dificuldade a tarefa de conectar dois corpos diferentes de cor, sem corromper a potência de cada um deles em um mero arranjo de faixas. Tentei contornar o problema em 1996 procurando aproximar cores distintas por meio de pigmentos tonais muito semelhantes".1 O artista emprega freqüentemente uma cor dominante, em tonalidades opacas ou, às vezes, leitosas. Por meio das pinceladas, produz uma vibração cromática que retém a luminosidade. Como nota o crítico Alberto Tassinari, entre os sulcos e as vibrações que estruturam os quadros, a luz parece encontrar seu ambiente. A luz fica ali, mais do que ilumina e passa a ser o elemento central em sua obra.
No fim da década de 1990, realiza as Ripas, nas quais as cores são pintadas sobre estruturas longilíneas em madeira. Nessas obras Sister busca uma integração com o espaço circundante. Posteriormente, procura essa integração do espaço e do ar na relação entre as cores. Já em telas realizadas a partir de 2000, as tintas têm uma aparência mais rarefeita, como ocorre em Coluna Vermelha (2000), Menos Horizontal ou Verde Luz (ambas de 2003).
Para a crítica Sônia Salzstein, Sister evidencia o caráter bidimensional do suporte, fazendo com que o olhar do observador percorra a superfície da tela indeciso entre os depósitos de tinta deixados pelas pinceladas curtas e a impressão, puramente visual, da luz nas partículas metálicas do pigmento. Como aponta o historiador da arte Rodrigo Naves, as telas do artista, com planos indecisos de sua direção ou profundidade, ou com os pigmentos metálicos que mal se convertem em tinta, não buscam a bela exterioridade dos atos, mas sim sua constituição.
1. Citado em SISTER, Sérgio. Sérgio Sister: Programa de Exposições 1998 - artista convidado. São Paulo: Centro Cultural São Paulo, 1998, p. não numeradas.
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotografica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Reprodução fotografica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Reprodução fotografica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Reprodução fotografica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Reprodução fotografica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Reprodução fotografica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Reprodução fotografica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Reprodução fotografica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Reprodução fotografica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Reprodução fotografica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Sérgio Sister - Enciclopédia Itaú Cultural
Sérgio Sister conclui o curso de pintura na Fundação Armando Álvares Penteado em 1967, mas afirma que sua produção artística só começa a ganhar corpo no final dos anos 1980. Nesse meio tempo, ele estuda Ciências Sociais e Ciência Política na USP e passa 19 meses na prisão por sua atuação política durante a ditadura militar. “Acho que entrei no mundo das artes mais esperto, menos ingênuo, com mais bagagem [cultural]”, acredita ele. O interesse pelas cores o aproxima da pintura abstrata monocromática. “A cor não é estável, ela muda com o que vem de fora, conforme a luz que incide”, explica Sister. Dessa maneira, seu trabalho busca favorecer um contato “metamorfoseante” com a pintura, criando obras que podem mudar de acordo com a luminosidade do ambiente. As pinceladas têm papel fundamental nessa proposta. “Você muda, redireciona, possibilita que a luz venha de várias formas para dentro da tela”, revela o artista.
Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)
Galeria Prestes Maia
Galeria Prestes Maia
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Fundação Bienal de São Paulo
Paulo Figueiredo Galeria de Arte
Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Paulo Figueiredo Galeria de Arte
Galeria Millan
Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Galeria Millan (Jardim América : Rua Estados Unidos: São Paulo, SP)
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo
Galeria Casa da Imagem
Parque Ferial Juan Carlos I
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
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