Artigo sobre O Gosto da Vida

Biografia
Maria Jacintha Trovão da Costa Campos (Cantagalo RJ 1906 - Niterói RJ 1994). Autora, crítica, ensaísta e tradutora e diretora. Artista que participa do período de modernização do teatro, trabalhando no Teatro do Estudante do Brasil (TEB) e fundadora do Teatro de Arte do Rio de Janeiro e do Teatro Fluminense de Arte.
Assume a direção do TEB, em 1940, quando Paschoal Carlos Magno se ausenta do Brasil. Sob sua direção, estreia Cacilda Becker, e Sandro Polloni faz seus primeiros cenários. Dulcina de Moraes e Esther Leão são suas ensaiadoras. Funda o Teatro de Arte do Rio de Janeiro, em 1947, junto com Dulcina e Odilon Azevedo, companhia em que se lançam os estreantes Nicette Bruno, Fernanda Montenegro, Kléber Machado e Mauro Mendonça. Funda o Teatro Fluminense de Arte. Suas peças são encenadas pelas companhias Dulcina-Odilon, Jaime Costa e Iracema de Alencar-Álvaro Pinto. O Gosto da Vida, que estréia em 1938, recebe o 1º Prêmio de Teatro da Academia Brasileira de Letras (ABL). Na década de 1950, escreve para rádio-teatro e suas peças vão ao ar pela Rádio Nacional. Sua tradução de As Três Irmãs, de Anton Tchekhov, em 1953, ganha a medalha do Serviço Nacional de Teatro (SNT).
Com a pintora e jornalista Silvia Chalréo, funda e dirige a revista Esfera. Colabora com diversos periódicos - O Globo, Correio da Manhã, O Jornal, Jornal do Commercio, Revue Française du Brésil, entre outros.
Traduz, do francês e do russo, peças que são publicadas e encenadas, entre elas: Anfitrião 38, de Jean Girandoux; Jezebel, de Jean Anouilh; O Sapato de Cetim, de Paul Claudel; Estado de Sítio, de Albert Camus.
Libertária e pacifista, discute em suas peças os direitos da mulher e a motivação das guerras. O jornalista Genolino Amado escreve sobre Convite à Vida, encenada pela Companhia Dulcina-Odilon em 1945: "Há, na peça da Senhora Maria Jacintha, uma qualidade literária e uma alerteza, diante das questões políticas do momento, que a distinguem e, mesmo, a singularizam em nosso repertório atual, tão escasso de obras assim. [...] há, em verdade, um convite ao que honra e enobrece a vida moderna - isto é, a desinteressada meditação diante da sorte do mundo, neste pós-guerra [...]".1
Na opinião de Mário de Andrade, "a autora faz questão de manifestar durante todo o texto uma imparcialidade absoluta, permitindo que as personagens exponham seus pontos-de-vista e se revelem".2
Notas
1. Texto publicado em JACINTHA, Maria. Conflito. Porto Alegre: Tucano, 1939.
2. Ibid.
Teatro Fênix
Fluminense Futebol Clube
Teatro Regina
Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Teatro Copacabana Palace
Theatro São Pedro
Teatro Copacabana
Teatro Cultura Artística
Teatro de Arena
Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: