Artigo sobre Gente da Terra

Paço das Artes
Raquel Trindade de Souza (Recife, Pernambuco, 1937 – Embu das Artes, São Paulo, 2018). Artista plástica, escritora, coreógrafa, professora e ativista afro-cultural.Multiartista, Raquel Trindade atua em diferentes áreas, tendo como referencial a luta afro-cultural brasileira. Fundadora de importantes grupos artísticos, especialmente os ligados ao Teatro e ao folclore nacional, torna-se referência na preservação da arte e cultura negra e popular brasileira.
Embora tenha nascido em Pernambuco, Raquel Trindade é registrada apenas aos 8 anos, no Rio de Janeiro. Aos 25 anos, a artista muda-se com a família para a cidade paulista de Embu das Artes. Desde então, dedica sua carreira à preservação da arte e cultura afro-brasileira, fazendo do município um importante centro de atividades artísticas, reconhecido nacionalmente.
Em 1975, funda o Teatro Popular Solano Trindade, em homenagem ao pai, o poeta pernambucano Solano Trindade (1908-1974), e em continuidade ao trabalho dele no grupo Teatro Popular Brasileiro, do qual é fundador. O teatro torna-se um centro cultural, no qual são ministradas aulas e realizadas atividades com o intuito de preservar a arte e a cultura negra e popular brasileira.
Raquel Trindade oferece oficinas de danças afro-brasileiras e ensaios abertos de ritmos populares, como maracatu, coco pernambucano e jongo. Conhecida como Rainha Kambinda, é fundadora da Nação Cambinda de Maracatu, de Embu das Artes.
Entre 1987 e 1992, como reflexo da atuação artística e política, Raquel leciona no curso Teatro Negro e Sincretismo Religioso na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A professora também oferece o curso de extensão Identidade Cultural Afro-brasileira, na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Em 2004, publica o livro Conto, Canto e Encanto com a Minha História... EMBU: de Aldeia de M'Boy a Terra das Artes, sobre a história do munícipio de Embu das Artes.
Raquel Trindade – Série +70 (2015)
Raquel Trindade relembra sua infância, a trajetória dos pais – os artistas Solano Trindade e Maria Margarida Trindade – e os primeiros contatos com a arte plástica e a dança. Ela fala da transformação de Embu das Artes, da criação do Teatro Popular Solano Trindade, do resgate de danças da cultura afro-brasileira e da participação de sua família na continuação do trabalho cultural. Ao fim, recita o poema Tem Gente com Fome, de seu pai.
Entrevista realizada para a série +70 do Álbum Itaú Cultural, site de música do Itaú Cultural, em julho de 2015, em São Paulo (SP).
Créditos
Gerente do Núcleo de Música: Edson Natale
Coordenadora do Núcleo de Música: Andreia Schinasi
Produção do Núcleo de Música: Bianca Costa
Gerente do Núcleo de Audiovisual e Literatura: Claudiney Ferreira
Coordenadora de conteúdo audiovisual: Kety Fernandes
Produção audiovisual: Roberta Roque
Entrevista: Itamar Dantas
Vídeo: Gasolina Filmes
Paço das Artes
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SESC Piracicaba
Galeria Mestre Vitalino
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