Título da obra: Marilia de Dirceo


Reprodução Fotográfica Horst Merkel
Marilia de Dirceo
,
1792
,
Tomás Antônio Gonzaga
Reprodução Fotográfica Horst Merkel
Tomás Antônio Gonzaga (Portugal, 1744 - Moçambique, 1819). Faz os estudos primários no Colégio dos Jesuítas, em Salvador, Bahia, e forma-se em Direito na Universidade de Coimbra (Portugal) em 1768. Exerce a Magistratura em Beja (Portugal) de 1779 a 1781. De volta ao Brasil, passa a viver em Vila Rica [Ouro Preto], Minas Gerais, onde convive com intelectuais e poetas, entre os quais Alvarenga Peixoto, Cláudio Manuel da Costa (1729 - 1789) e Cônego Luís Vieira. Envolve-se em várias desavenças com as autoridades locais, incluindo Francisco Gregório Pires Monteiro Bandeira, intendente do ouro na junta da Real Fazenda de Minas Gerais. É o provável autor de Cartas Chilenas, poemas epistolares satíricos, de oposição ao governador Luís da Cunha Meneses, que circularam em manuscritos anônimos na cidade, em 1786. Em 1792 é publicada a primeira parte de sua obra poética Marília de Dirceu, em Lisboa (Portugal). Participou na Inconfidência Mineira, em 1789, o que lhe custa a prisão e, posteriormente, o degredo em Moçambique. Tomás Antonio Gonzaga é um dos principais poetas árcades do Brasil. Para o crítico Antonio Candido (1918-2017), "com Tomás Antônio Gonzaga (...) o Arcadismo encontrou no Brasil a mais alta expressão. Na sua obra há um aspecto de erotismo frívolo, expresso principalmente nas poesias de metro curto, anacreônticas em grande parte, celebrando a namorada, depois noiva, sob o nome pastoral de Marília. Mas ela vale sobretudo pelas de metro longo, voltadas para a expressão lírica da sua própria personalidade. Nelas, com admirável simplicidade e nobreza, traça um roteiro das suas preocupações, da sua visão do mundo e, depois de preso, do seu otimismo estóico".
Reprodução Fotográfica Horst Merkel
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