Título da obra: Transferência


Registro fotográfico Henrique Pereira
Transferência
,
1999
,
Michel Groisman
Registro fotográfico Henrique Pereira
Michel Groisman (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1972). Performer. Gradua-se em educação artística, com habilitação em música, pela Universidade do Rio de Janeiro (Unirio), em 1996. Faz cursos de arte com o pintor, desenhista e gravador Luiz Ernesto (1955), na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, entre 1986 e 1992, e com o pintor Luiz Pizarro (1958), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro ( MAM/RJ), entre 1986 e 1987. Suas primeiras performances são Cabeçânus, Somamão, Degustador e Libélula, no Teatro Sérgio Porto, Rio de Janeiro, 1996; e Trilho, com a M. Groisman Cia. de Dança, no Studio Casa de Pedra, Rio de Janeiro, 1998. Neste mesmo ano, realiza as mostras individuais Ovo Ambiente, Zíper Óculos e Chaveiro Molar, na Loja Matias Marcier, Rio de Janeiro. É convidado a participar do Panorama da Arte Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em outubro de 1999. Utilizando o corpo como espaço e matéria, desenvolve trabalhos que integram artes visuais e movimento através de dinâmicas lúdicas e jogos. Desde 2004, trabalha com a artista e pedagoga Gabriela Duvivier. Juntos participam de exposições e festivais por todo o mundo, como o InTransit (Alemanha), Fierce! (Inglaterra), Le Merlan e Made in Brasil (França) e Riocenacontemporanea e Festival Panorama de Dança (Brasil). Vive e trabalha no Rio de Janeiro.
Em 1999, Groisman realiza a performance Transferência, trazendo ao público a tônica da obra que o artista desenvolveria nos anos seguintes. Nesta obra, velas são apresilhadas em várias partes do corpo do artista que, por meio de articulações e contorções, transfere a chama de uma vela à outra. Feita a transferência, a primeira vela é apagada com um sopro, graças a um sistema de tubos também anexado ao corpo de Groisman. O crítico Fernando Cocchiarale (1951) observa que uma visão superficial dos aparelhos corporais produzidos por Groisman poderia associá-los ao tema da perversão ou à concepção do corpo como memória de dor e sofrimento. Porém, ao contrário do que esses aparelhos sugerem fora do contexto da ação do artista, a transmissão da energia luminosa remete à positividade da própria vida, do desejo, sua transmissão e corte de fluxos, que se apagam e reacendem numa seqüência de conexões sem origem ou fim.
O interesse pela interação com o público e pela investigação corporal pode ser observado em O Nascimento do Som, 1996/2001, Sirva-se, 2004 e Polvo, 2004. Estas mesmas questões estão presentes na exposição-jogo Porta das Mãos (2007/2008), que conta com 120 fotografias em preto-e-branco que mostram as mãos de Groisman compondo formas curiosas. O jogo inicia quando o visitante tenta reproduzir com suas próprias mãos uma das posições observadas nas fotos. Isso feito, o participante deverá, sem desencostar os dedos, descobrir como transformar a posição atual em uma outra, mostrada em outra foto.
Registro fotográfico Henrique Pereira
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Galeria Vicente do Rego Monteiro (Recife, PE)
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC-Niterói)
Itaú Cultural
Museu de Arte Contemporânea do Paraná
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
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Itaú Cultural
Itaú Cultural (Campinas, SP)
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The Museum of Modern Art (MoMA)
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Fundação Bienal de São Paulo
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