Título da obra: Sem Título


Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Sem Título
,
1995
,
Germana Monte-Mor
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Biografia
Germana Monte-Mór (Rio de Janeiro RJ 1958). Desenhista, gravadora, pintora e escultora. Estuda ciências sociais na Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ e gravura na Escolinha de Arte do Brasil. Muda-se para São Paulo em 1983. Cursa artes plásticas na Fundação Armando Álvares Penteado - Faap, entre 1985 e 1989, e conclui, em 2002, o mestrado em poéticas visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP, com a dissertação Lugares do Desenho, com orientação de Marco Giannotti (1966). Em 1989, recebe a bolsa Ateliê II da Oficina Cultural Oswald de Andrade, em São Paulo; o prêmio aquisição no 1º Prêmio Canson, do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP, em 1989, e na Bienal Nacional de Santos, São Paulo, em 1993. Em 2004, recebe a Bolsa Vitae de Artes, da Fundação Vitae. A pesquisa de novos materiais é uma das principais características do trabalho da artista.
Comentário Crítico
As obras iniciais de Germana Monte-Mór, do fim dos anos 1980 e começo da década seguinte, são realizadas com asfalto ou argila sobre papel ou tecido. A artista cria formas orgânicas, que guardam uma sensação de peso devido à presença desses materiais e, ao mesmo tempo, sugerem uma textura áspera. Segundo o historiador da arte Rodrigo Naves, em sua produção está presente uma tensão gerada pela instabilidade das formas nas composições. Posteriormente os desenhos adquirem maior definição. Em trabalhos realizados em 1998, a artista expande as áreas negras, cuja intensidade, para Naves, decorre do aparente extravasamento dos limites, mais do que de uma saturação ou de extrema concentração.
Mais recentemente, a artista começa a trabalhar com óleo damar sobre papel, o que acresce novas possibilidades ao seu trabalho. Compõe, em suas obras, zonas de transparência e de opacidade, incorporando por vezes pigmentos azulados. Nesses trabalhos, para Naves, os contrastes entre as regiões foram reduzidos, e uma leveza geral substitui as expansões espessas dos trabalhos anteriores.
Na opinião do crítico de arte Luiz Renato Martins, a exposição de Germana Monte-Mór na Capela do Morumbi, em São Paulo, em 2000, revela o diálogo entre as obras apresentadas e o espaço expositivo, cujas paredes são constituídas pela alternância entre áreas revestidas de argamassa e pintadas com cal e outras em que se pode ver a taipa de pilão original. Os trabalhos da artista pontuam e acentuam as características do lugar. Por sua relação ampla com a arquitetura, as peças sugerem ao espectador a apropriação concreta e material do espaço e revelam aproximação, em suas propostas, com os Bólides de Hélio Oiticica (1937 - 1980), por exemplo.
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Casa da Cultura de Ribeirão Preto
Paço das Artes
Centro Cultural Patrícia Galvão
Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Casa Triângulo
Adriana Penteado Arte Contemporânea
Caixa Econômica Federal (São Paulo, SP)
Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA)
A. S. Studio
Galeria de Arte Marília Razuk
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Centro Universitário Maria Antonia
Centro Universitário Maria Antonia
Paço Imperial
Galeria de Arte Marília Razuk
Faulconer Gallery (Iowa, Estados Unidos)
Fundação Bienal de São Paulo
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