Título da obra: Lulacaixa10


Reprodução fotográfica Sérgio Guerini/Itaú Cultural
Lulacaixa10
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2006
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Raul Mourão
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini/Itaú Cultural
Raul Antônio de Brito Mourão Vieira (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1967). Artista multimídia, produtor e diretor de arte. Em 1986, ingressa no curso de comunicação da Faculdade Hélio Alonso e frequenta aulas da Escola de Artes Visuais Parque Lage (EAV/Parque Lage), ambas no Rio de Janeiro. Na mesma época, assiste a oficinas de cinema e fotografia e começa a estagiar em uma produtora independente, familiarizando-se com o vídeo.
Em 1988, transfere-se para a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Úrsula e volta a estudar na EAV/Parque Lage, convivendo com artistas cariocas. Em 1990, muda-se para o curso de arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A primeira participação em mostra de arte ocorre no ano seguinte, no 15° Salão Carioca. Em 1992, assiste ao curso Aspectos da Sensibilidade Moderna, do crítico Paulo Venancio Filho (1953), importante para sua reflexão sobre arte. Ainda nesse ano, conhece o diretor de cinema Roberto Berliner (1957) e passa a fazer direção de arte de videoclipes e documentários. Em 1993, é um dos sócios fundadores do escritório de design Tecnopop e faz sua primeira individual, no Espaço Cultural Sergio Porto, no Rio de Janeiro. Em 1999, cria, com os artistas Eduardo Coimbra (1955) e Ricardo Basbaum (1961), uma iniciativa artística independente chamada Agência de Organismos Artísticos (Agora), que, depois de se tornar Espaço Agora/Capacete, finda em 2002. Em 2007, é lançado um livro sobre seu trabalho na coleção Arte Bra.
A matéria inicial do trabalho de Raul Mourão está nas coisas do cotidiano urbano, como grades de segurança, jogos de futebol, sinalização de rua e botequins. Ele trabalha elementos que colhe da observação da cidade e lança-os, com ironia, na arte. Esse deslocamento e a consequente ressignificação das coisas levantam questões sobre o espaço urbano e o corpo social que nele vive. O modo como o trabalho se materializa varia: os cartões amarelo e vermelho do futebol viram duas placas de acrílico retangulares, encerradas em uma caixa branca de madeira (Cartões, 2001); o presidente da República, tratado como celebridade de televisão, pode gerar um boneco de pelúcia (Luladepelúcia, 2005).
A série Grades é o desdobramento de uma pesquisa iniciada em 1989 com o registro fotográfico de grades de segurança no Rio de Janeiro. Em 2000, Mourão recebe uma bolsa da prefeitura da cidade para continuar a pesquisa. Daí resultam trabalhos diversos: esculturas, fotos, serigrafias, vídeos e instalações. Em Entonces (2004) – instalação realizada no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo – esculturas ocas formadas de vigas de ferro unidas como grades acumulam-se no espaço expositivo, criando uma minicidade de estreitos corredores por onde se pode circular. Faz referência às cidades reais em que os dispositivos de segurança têm se expandido cada vez mais, fragmentando-as de maneira violenta. As grades deslocadas e disfuncionais questionam o espaço urbano que criamos para nós.
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini/Itaú Cultural
Palácio Gustavo Capanema
Galeria Sérgio Milliet
Paço Imperial
Paço Imperial
Fundição Progresso (Rio de Janeiro, RJ)
Paço Imperial
Paço Imperial
Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Paço Imperial
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Museu Nacional de Belas Artes
Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA)
Gabinete de Arte Raquel Arnaud
Paço Imperial
Circo Voador (Rio de Janeiro, RJ)
Galeria de Arte Sesc Barra Mansa (Barra Mansa, RJ)
Centro Cultural Candido Mendes (Ipanema, Rio de Janeiro, RJ)
Serviço Social do Comércio (São Gonçalo, RJ)
Gabinete de Arte Raquel Arnaud
Parque Ferial Juan Carlos I
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RJ)
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
Shopping JK Iguatemi
Museu da República (Rio de Janeiro, RJ)
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