Título da obra: Paisagem Vermelha Invertida


Reprodução fotografica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Paisagem Vermelha Invertida
,
2004
,
Tatiana Blass
Reprodução fotografica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Biografia
Tatiana da Silva Blass (São Paulo, SP, 1979). Artista plástica. Desde a infância, pratica atividades relacionadas à arte, frequentando exposições e cursos. Durante o 2º grau, tem aulas com os artistas Alex Cerveny (1963) e Sandra Cinto (1968). Em 1998, ingressa no bacharelado em artes plásticas do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (Unesp), onde se forma em 2001. Durante os anos de formação, continua frequentando cursos livres, efetuando contato com críticos e artistas como Rodrigo Naves (1955), Alberto Tassinari (1953), Rodrigo Andrade (1962) e Paulo Monteiro (1961).
Desde 1998, participa regularmente de exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior, com destaque para as mostras: Atavio (2004), no Ateliê397, quando exibe sua primeira obra realizada diretamente no espaço; Cão Cego (2009), no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA), primeira individual em um museu, na qual apresenta as primeiras experiências com o conceito de escultura-performance, cujos materiais derretem ao longo da exposição; 29ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo (2010); Fim de Partida (2011), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB/RJ); e Interview (2012), na Johannes Vogt Gallery, em Nova York.
Entre os prêmios que recebe destacam-se: Prêmio Aquisição na 3ª Mostra do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo (CCSP), em 2003; Prêmio Aquisição no 14º Salão da Bahia, realizado pelo MAM/BA, em 2007; Grants & Commissions Program Exhibition, da Cisneros Fontanals Art Foundation, em Miami, em 2010; e Prêmio Investidor Profissional de Arte, em 2011. Em 2012, realiza residência artística em Londres como parte do prêmio PIPA. Vive e trabalha em São Paulo.
Comentário crítico
A obra de Tatiana Blass explora as linguagens da pintura, do vídeo, da instalação e do objeto sem tratá-las como universos estanques, mas criando diálogos que conferem ao conjunto de seus trabalhos uma unidade surpreendente. Essa unidade não impede, porém, que o fragmento, o corte, assim como a forma escorrida, em dissolução, apareçam em diversos trabalhos.
As séries de pinturas desenvolvidas entre 2003 e 2008 são construídas com formas que parecem recortadas, harmonizando-se em camadas superpostas e combinações de cores e texturas algumas vezes gritantes, outras vezes sóbrias e silenciosas. Essas camadas, de forte apelo tátil, formam padrões de feixes e elementos arredondados que cruzam em diversas direções o espaço da tela. O mesmo raciocínio plástico se expande para o ambiente na instalação Atavio. As formas escorrem pelo chão e pelas paredes da galeria, solução que a artista explora também em objetos como Cauda #2 (2004). O mesmo ocorre com o princípio do corte na instalação Zona Morta (2007), em que uma faixa corta na mesma altura todos os objetos e móveis de uma típica sala de estar brasileira dos anos 1970, criando uma área vazia.
Já em trabalhos mais recentes, a composição através do corte geométrico cede espaço à diluição. Nas pinturas, surgem sutis referências a seres fantasmáticos vagando pela matéria pictórica. Na instalação/performance Fim de Partida, inspirada na peça homônima de Samuel Beckett (1906-1989), personagens feitos de cera derretem no palco, queimados pela luz dos refletores. Nos dois casos, a artista constroi um universo em desmanche, ao qual a fragilidade da figura humana não pode oferecer resistência.
Reprodução fotografica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Registro fotográfico Amilcar Packer
Reprodução fotográfica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Paço Municipal
Espaço Coringa (São Paulo, SP)
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Escola de Artes Visuais do Parque Lage
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Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Galerias da Funarte
Silvia Cintra Galeria de Arte
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Galeria Virgílio
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