Título da obra: Retrato de Domingos Custódio Guimarães


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Retrato de Domingos Custódio Guimarães
,
1855
,
Jules Le Chevrel
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Biografia
Jean Jules Le Chevrel (França ca.1810 - Rio de Janeiro RJ 1872). Pintor, desenhista e professor. Freqüenta a École des Beaux-Arts [Escola de Belas Artes] de Paris entre 1840 e 1845. Ao final desse período, muda-se para o Brasil, residindo no Rio de Janeiro. Participa de várias edições das Exposições Gerais de Belas Artes, realizadas pela Academia Imperial de Belas Artes (Aiba), sendo premiado em 1847 com a medalha de ouro. Em 1850, é homenageado com o título de Cavaleiro da Imperial Ordem do Rosa. É contratado, em 1864, para substituir Pedro Américo (1843-1905), na cadeira de desenho na Aiba. Em 1868, substitui Victor Meirelles (1832-1903) na cadeira de pintura histórica na mesma instituição.
Comentário Crítico
O pintor Jules Le Chevrel dedica-se à retratística, destacando-se em sua produção os retratos de D. Pedro II, ca.1862 e de Domingos Custódio Magalhães, 1860. No retrato de D. Pedro II, na caracterização e no ambiente que cerca o imperador, com a mesa e a cortina no plano de fundo, o artista evoca a tradição da pintura de retratos, dentro da qual, desde o fim do século XVI, são apresentadas as figuras políticas proeminentes, como príncipes e imperadores. D. Pedro II é apresentado bastante jovem, em um retrato de corpo inteiro, e apóia levemente a mão em uma mesa na qual está depositada a coroa, atributo do poder. O artista enfatiza os detalhes da vestimenta, explorando toda a variedade de texturas e a riqueza dos ornamentos dos tecidos. A figura do imperador é levemente alongada e estilizada, e ele parece voltar os olhos ao observador, mantendo, entretanto, um ar pensativo.
Já no retrato de Domingos Custódio Magalhães, o artista, como nota o historiador Laudelino Freire, representa o futuro Barão do Rio Negro, elegantemente vestido. A pose e a ambientação são convencionais, mas o artista confere à cena certa descontração, dada pela pose do modelo, que não parece tão rígida, pelo rosto jovial da figura, e pelo brinquedo infantil colocado na meia-coluna onde está apoiado o vaso com flores. A luz diagonal, utilizada pelo artista, destaca o personagem em primeiro plano, em relação à vegetação disposta em segundo plano. O artista emprega uma paleta restrita, com uma gama cromática bem controlada, na qual predominam variações de ocre e bege. A maioria dos estudiosos do período, como Laudelino Freire, enfatizam que, em quadros como esse, podemos perceber a qualidade técnica do trabalho do artista, que obtém em suas obras bons efeitos pictóricos e de atmosfera.
Chevrel realiza ainda pintura de história, da qual são representativas as composições Paraguaçu e Diogo Alvarez Correia, s.d. e Sócrates Afastando Alcebíades do Vício, s.d.
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Fundação Bienal de São Paulo
Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: