Título da obra: Retrato de Menina


Reprodução fotográfica Rômulo Fialdini
Paisagem Pernambucana - Olinda
,
ca. 1860
,
François-René Moreaux
François-René Moreaux (Rocroi, Ardennes, França, 1807 – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, 1860). Pintor, caricaturista, fotógrafo e professor. Na França, estuda pintura histórica com Antoine-Jean Gros (1771-1835). Expõe no Salon des Beaux Arts, em 1836 e 1837. Nesse ano, viaja ao Brasil ao lado do pintor Louis-Auguste Moreaux (1818-1877), seu irmão e aluno[1]. Percorre os estados de Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul, onde realiza desenhos de paisagens locais. Em 1841, fixa-se no Rio de Janeiro. Desenvolve retratos, que são litografados pela Heaton & Rensburg para a produção do álbum Galeria Contemporânea Brasileira. Participa de doze Exposições Gerais de Belas Artes: de 1841 a 1850, em 1859 e em 1860. Em 1842, recebe o Hábito da Ordem de Cristo por O Ato da Coroação de Sua Majestade O Imperador, obra comprada por d. Pedro II. Em 1844, apresenta a tela Declaração de Independência no Dia 7 de Setembro de 1822, uma das primeiras sobre o tema. Envolve-se em discussão pública com Manuel Araújo Porto-Alegre (1806-1879), que critica seu David Triunfante, exposto no ano anterior. Nos anos seguintes, o debate continua por meio de publicações na imprensa[2]. Entre 1854 e 1856, colabora com ilustrações para a revista Brasil Illustrado. Entre 1855 e 1857, associado a E. G. Doer, anuncia seus serviços também como fotógrafo[3]. Em 1856, é um dos fundadores do Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Morre em 1860. Tem participação póstuma na 1a Exposição de História do Brasil, em 1881.
Sabe-se pouco sobre a vida de François-René Moreaux antes de ele vir ao Brasil, em 1838, além do fato de ter estudado pintura de história com Antoine-Jean Gros[4].
O artista parte da França em momento de declínio da pintura histórica. A chegada dele ao Brasil, entretanto, coincide com o bom momento desse gênero no país: em 1841, d. Pedro II torna-se imperador e utiliza as belas-artes para construir a imagem do novo governo. Além disso, há escassez de profissionais habilitados, resultado do retorno à França de vários pintores históricos integrantes da Missão Artística Francesa de 1816.
Embora Moreaux percorra o Nordeste e o Sul, percebe a importância dos eventos históricos no Rio de Janeiro e, no ano da coroação, decide fixar-se na capital do Império. Participa assiduamente das Exposições Gerais de Belas Artes, nas quais apresenta pinturas históricas e retratos. Em 1841, expõe o Ato de Coroação do Imperador, adquirido por d. Pedro II para sua coleção pessoal.
A pintura mais conhecida do artista é a Declaração de Independência no Dia 7 de Setembro de 1822, obra na qual idealiza e representa livremente o suposto momento em que d. Pedro I, pai de d. Pedro II, proclama a independência às margens do Riacho do Ipiranga, em São Paulo.
1. Há divergências sobre o fato de Louis-Auguste Moreaux viajar com o irmão. Em 1838, Louis-Auguste expõe uma última tela no Salon des Beaux Arts. O Dictionnaire Critique et Documentaire des Peintres, Sculpteurs Dessinateurs et Qraveurs indica que a chegada do pintor ao país ocorre em 1838, embora autores brasileiros sustentem que sua chegada se dá no ano de 1837.
2. As relações de Porto-Alegre com a família Moreaux começam na França, nos anos de 1830, período em que o pintor brasileiro faz intercâmbio naquele país, sob a tutela do pintor francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848). Na obra Vista da Mãe d’Água (1833), presente no acervo da Pinacoteca do Estado São Paulo, Porto-Alegre escreve: A M. Moreau, un souvenir de la mère d’eau [A M. Moreau, uma lembrança da mãe d’água].
3. É possível que François-René tenha aprendido o ofício de fotógrafo com o alemão Revert Henrique Klumb (183?-1886), segundo depoimento de Mello de Moraes Filho (1843-1919), registrado em 1904.
4. Algumas fontes afirmam que François-René estuda também com o artista francês Jean Baptiste Couvelet.
Reprodução fotográfica Rômulo Fialdini
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
Museu Nacional de Belas Artes
Paço das Artes
Fundação Bienal de São Paulo
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (SP)
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