Título da obra: Na Roça


Reprodução fotográfica Rômulo Fialdini
Na Roça
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s.d.
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Benjamin Parlagreco
Reprodução fotográfica Rômulo Fialdini
Benjamin Parlagreco (Caltanissetta, Sicília, Itália, 1856 – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, 1902). Pintor e desenhista. Irmão mais velho do esteta Carlo Parlagreco e do pintor Salvador Parlagreco (1871-1953), também atuantes no Brasil nos séculos XIX e XX. Na Itália, cursa a Academia de Belas Artes de Nápoles. Lá, é aluno dos pintores italianos Domenico Morelli (1826-1901) e Filippo Palizzi (1818-1899). Chega ao Rio de Janeiro em 1895. Em 1896, realiza mostra individual na capital carioca, no atêlie de J. Gutierrez (1859-1897), levando-a também para Petrópolis e São Paulo. Expõe nove obras no Salão Nacional de Belas Artes (SNBA) de 1897. Em 1898, apresenta trabalhos no Salão Nobre do Constructor e, no mesmo ano, apresenta as obras Cabeça e Carmem, conquistando a medalha de ouro de terceira classe no SNBA. Expõe novamente no SNBA nos anos de 1899, 1900 e 1901, com sete, 13 e 14 obras, respectivamente. Falece em 1902, aos 46 anos. Postumamente, quatro de seus trabalhos são expostos no Salão de 1902: Autorretrato; Em Demanda do Curral; Estábulo e Vegetação Brasileira.
Benjamin Parlagreco tem papel importante na representação do interior brasileiro no fim do século XIX. Chega ao Brasil já maduro, aos 39 anos, com predileção por temas regionais, em especial a pintura de paisagem e de cenas rurais.
Na Itália, já demonstra preferência pelos temas cotidianos, seguindo os passos de um de seus professores, Filippo Palizzi, cujo interesse pela vida rural e simples é evidente.
Recebe formação de ideal classicizante na Academia de Nápoles, mas Parlagreco atualiza a forma de pintar, empregando pinceladas rápidas. É provável que esse traço não seja herança impressionista, mas derivado de experiências desenvolvidas pelo grupo italiano conhecido como I Macchiaioli (termo que remete à palavra macchia, “mancha” em italiano). O grupo, antes dos franceses, também busca a captação da luz e a cor natural.
A pintura Na Roça é um exemplo que sintetiza boa parte da produção do artista. O desenho bem-acabado contrasta com o preenchimento mais solto, e toda a obra se estrutura em diagonais que convergem para o lado direito. As figuras representam o ambiente interiorano pobre: intercalam-se animais e humanos, dispostos na diagonal mais baixa, eixo da ação.
Essa obra, assim como outras de Parlagreco, aproxima-se das representações do artista ituano Almeida Júnior (1850-1899), contemporâneas a ela. A inclinação pela temática realista faz que ambos os artistas sejam apontados como responsáveis pela popularização do tema rural brasileiro.
Reprodução fotográfica Rômulo Fialdini
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica Rômulo Fialdini
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Galeria Prestes Maia
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_)
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_)
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_)
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_)
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Paço das Artes
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Fundação Bienal de São Paulo
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_)
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Fundação Bienal de São Paulo
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