Título da obra: Casario


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Casario
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s.d.
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Barrica
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Guilherme Clidenor de Moura Capibaribe (Cariri CE 1913 - Fortaleza CE 1993). Pintor, ceramista, restaurador e desenhista. Filho do fotógrafo Moura Quineau. Conhecido como Barrica, estuda em Fortaleza com o pintor, e mais tarde crítico de arte, Carlos Cavalcanti, em 1923. Entre as décadas de 1920 ou 1930, pinta retratos fotográficos, técnica que aprende com o fotógrafo Valter Feliciano. Na mesma época, convive com os pintores Gerson Faria (1889 - 1943), Pretextato de Bezerra e Otacílio Azevedo (1896 - 1969).
Em 1941, participa da fundação do Centro Cultural de Belas Artes (CCBA), que é transformado na Sociedade Cearense de Artes Plásticas (Scap) em 1944, junto com Antonio Bandeira (1922 - 1967), Aldemir Martins (1922 - 2006), Jean-Pierre Chabloz (1910 - 1984) e Estrigas (1919), entre outros.
Sua primeira individual ocorre em 1947, no Instituto Histórico do Ceará, em Fortaleza. Na mesma cidade, realiza exposições individuais no Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (Mauc) em 1961, 1971 e 1982. Em 1959, viaja para o Rio de Janeiro, onde vive até o fim da década de 1980. Nesse período, expõe em galerias de Brasília, Fortaleza, Salvador e São Paulo.
Grande parte das pinturas de Barrica é composta de paisagens, cenas rurais, urbanas ou marinhas. Figuras humanas delineadas por um contorno escuro, sobreposto às camadas inferiores de cor, emergem no centro iluminado das telas, desde um fundo indefinido, cujo aspecto nebuloso, elaborado por meio de manchas, permeia a composição como um todo, como em Casario. O mesmo contorno define banhistas nus na marinha Sem Título, que, cercados por barcos, desenvolvem alguma atividade artesanal ligada à pesca. Nesse trabalho, o azul do céu rebate no azul da figura central que, por sua vez, lança o olhar do espectador ao canto direito da tela, em que ecoa o azul de um dos barcos que se prolonga no mar tranquilo.
A deformação das figuras e da paisagem dá um tom expressionista às imagens. Às vezes, tons rebaixados produzem uma atmosfera densa e introspectiva, envolta por uma luz crepuscular gerada por pinceladas amarelas. Outras vezes, uma palheta matissiana cria um ambiente leve e iluminado, porém igualmente indefinido e, por isso, vago e misterioso.
Na cerâmica, em princípio, Barrica trabalha com objetos utilitários, como pratos e vasos. Em fins dos anos 1950, entretanto, passa a criar peças antropomórficas ou de formas abstratas orgânicas, policromadas e de acabamento irregular. Essa deformação proposital das peças cria um aspecto de algo inútil, de objeto deteriorado, sem função, que contrasta com o brilho acabado da policromia.
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Cine Politeama (Fortaleza, CE)
Instituto do Ceará : Histórico, Geográfico e Antropológico (Fortaleza, Ceará)
Museu de Arte da UFC (MAUC)
Instituto do Ceará : Histórico, Geográfico e Antropológico (Fortaleza, Ceará)
Praça José de Alencar (Fortaleza, CE)
Ateliê Vaccarini (São Paulo, SP)
Galeria Dezon (Rio de Janeiro, RJ)
Galeria Dezon (Rio de Janeiro, RJ)
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Galeria Nagasava (Rio de Janeiro, RJ)
Galeria Rian (Rio de Janeiro, RJ)
Galeria Montmartre-Jorge
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