Título da obra: Malandragem


Reprodução fotográfica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Brás
,
1954
,
German Lorca
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
German Lorca (São Paulo SP 1922). Fotógrafo. Forma-se em ciências contábeis pelo Liceu Acadêmico, em 1940. Em 1949, participa do Foto Cine Clube Bandeirantes (FCCB), associação de fotógrafos que introduzem novas tendências na fotografia, como José Yalenti (1895-1967), Thomaz Farkas (1924-2011) e Geraldo de Barros (1923-1998). Nessa época produz imagens que se tornam muito conhecidas, como Malandragem, 1949, À Procura de Emprego, 1951, e Apartamentos, 1952. Registra a paisagem da cidade de São Paulo, em especial os locais da região central, como a praça da Sé. Abre estúdio próprio em 1952. Em 1954, é o fotógrafo oficial das comemorações do IV Centenário da Cidade de São Paulo. A partir dessa data, dedica-se com exclusividade à fotografia, atuando principalmente na área de publicidade, em que conquista prêmios como o Prêmio Colunistas, concedido pela revista Meio & Mensagem, em 1985 e 1989. Sua produção da época do FCCB é comentada no livro A Fotografia Moderna no Brasil, de Helouise Costa, publicado em 1995, pela editora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
No fim da década de 1940, German Lorca integra o Foto Cine Clube Bandeirantes (FCCB), associação importante por reunir fotógrafos pioneiros, que introduzem novas tendências na fotografia brasileira, com uma produção experimental inspirada no surrealismo, abstracionismo e concretismo.
Como nota a estudiosa de fotografia Helouise Costa, Lorca discute em suas obras o conceito de fotografia associado ao registro fiel da realidade, demonstrando que esse real necessariamente passa por uma codificação para se tornar imagem.
Sua obra revela, sobretudo, um olhar arguto sobre a paisagem da cidade de São Paulo entre o fim da década de 1940 e início da seguinte, ao registrar locais como a praça da Sé, o parque dom Pedro ou o largo da Concórdia. Algumas fotografias abordam questões sociais, como em Revolta de Passageiros, 1947 e À Procura de Emprego, 1951, ou personagens de grande força expressiva, como aqueles de Armazém em Jaú, 1949 e Fotógrafo - Largo da Concórdia, 1956, imagens que se assemelham a instigantes fragmentos de uma narrativa. Já em Apartamentos, 1952, destaca-se a geometria rigorosa expressa na arquitetura e o intenso jogo de luz e sombra.
A sensibilidade do fotógrafo volta-se principalmente às cenas da vida cotidiana, registrando com muita liberdade imagens que se revelam poéticas ou que causam certo estranhamento. Sua produção inicial tem uma participação decisiva na renovação da fotografia moderna no país.
Reprodução fotográfica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica João L. Musa/Itaú Cultural
German Lorca - Enciclopédia Itaú Cultural
“O fotógrafo que faz arte tem que ter a cabeça já cansada de pensar tanto”, brinca o fotógrafo paulistano German Lorca. Muito além de um simples registro do que vê, Lorca cria suas composições, predominantemente em branco e preto, com recursos simples: lentes normais, grande angulares e filmes ASA 100, obtendo um resultado de forte impacto visual.
Com uma carreira de mais de 60 anos, o fotógrafo é premiado e tem suas imagens expostas no Brasil e no exterior. Seu trabalho discorre sobre temas cotidianos, tendo como pano de fundo a cidade de São Paulo, sua população e as mudanças de um mesmo cenário no decorrer do tempo. Explora também contrastes e texturas com um olhar aguçado tanto no campo da publicidade como em sua produção artística: “Criar é mais difícil, depende do que a pessoa tem dentro dela, do que ela pensa do assunto, tem que acreditar no olhar e colocar a cabeça para funcionar”, explica.
Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)
Fundação Bienal de São Paulo
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)
Fundação Cultural de Curitiba
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Galeria Marta Traba
Centro Cultural Correios
Espaço MAM - Villa-Lobos (São Paulo, SP)
Itaú Cultural (Campinas, SP)
Espaço MAM - Villa-Lobos (São Paulo, SP)
Museu de Arte Moderna (Higienópolis, São Paulo, SP)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Espaço Porto Seguro de Fotografia
Espaço MAM - Villa-Lobos (São Paulo, SP)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
Shopping JK Iguatemi
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