Título da obra: Os Filtros (detalhe)


Registro fotográfico Romulo Fialdini
Os Filtros (detalhe)
,
1999
,
Marepe
Registro fotográfico Romulo Fialdini
Biografia
Marcos Reis Peixoto (Santo Antônio de Jesus BA 1970). Artista visual. Inicia em 1988 o curso de artes plásticas na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador. Em 1990, faz sua primeira exposição individual no Centro Cultural Cruz das Almas, em Cruz das Almas, Bahia. Um ano depois, inicia o curso de licenciatura em desenho e plástica na UFBA, e por sua participação na 1ª Bienal do Recôncavo, realizada em São Félix, Bahia, recebe como prêmio uma viagem à Alemanha. Em 1992, leciona na Escola de Artes Plásticas da UFBA. Expõe, em 1996, no 3° Salão de Artes Plásticas do Museu de Arte da Moderna da Bahia (MAM/BA), e recebe o prêmio aquisição. Nesse ano, participa da mostra Antarctica Artes com a Folha, em São Paulo, em que é premiado com uma viagem à Documenta de Kassel, Alemanha, com os artistas Rivane Neuenschwander (1967) e Cabelo (1967). Passa a expor suas obras, que têm como referência as tradições populares nordestinas, em diversas galerias e instituições do Brasil e do exterior. Em 2005, expõe no Centro Pompidou, em Paris, como parte dos eventos realizados no Ano do Brasil na França.
Comentário Crítico
Marepe, no início de sua trajetória, realiza esculturas de concreto. Na década de 1990, passa a utilizar em suas instalações objetos do cotidiano, como latas de cerveja, trouxas de roupa, caixas de cigarro ou papelão. Recria cenas populares do Nordeste do Brasil, como as do comércio ambulante, em Banca de Fichas e Cartões Telefônicos, 1996, ou em Barraca de Veneno, 1998.
Em Filtros, 1999, apresenta vários filtros de água de cerâmica, apoiados em banquinhos de madeira de aspecto rústico. Os objetos causam estranheza à primeira vista, por terem dimensões diferentes das peças de uso tradicional. Marepe explora a poesia obtida pelo deslocamento dos objetos de seu contexto cotidiano. Na 25ª Bienal Internacional de São Paulo, em 2002, expõe um muro de 3 toneladas, trazido do Nordeste, em que consta a inscrição pintada: "Comercial São Luís, tudo no mesmo lugar pelo menor preço", uma referência ao local de trabalho de seu pai durante muitos anos.
Em vários trabalhos, a proposta de Marepe inclui a participação do público, como em Palmeira Doce, 2001, em que produz com a ajuda de um fabricante local 4.500 saquinhos de algodão-doce de diferentes cores, que são pendurados ao longo do tronco de uma palmeira, em uma praça da sua cidade natal, e recolhidos por crianças no dia de São Cosme e Damião. Em outra instalação, coloca em uma sala bexigas coloridas infladas, convidando o público a estourá-las. Marepe diz que procura abordar questões relacionadas à memória coletiva, explorarando nelas o sentido poético.
Registro fotográfico Romulo Fialdini
Reprodução fotográfica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Iara Venanzi/ Itaú Cultural
Reprodução fotográfica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Reprodução fotográfica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Marepe - Enciclopédia Itaú Cultural
Funis de alumínio antigos, latas de cerveja, caixas de papelão e de cigarros, borracha, madeira, pedaços de tecido, lâmpadas, fios e instrumentos musicais. Esses e outros objetos de uso comum no cotidiano das pessoas adquirem novos simbolismos nas instalações do artista visual baiano Marepe. “Muitos objetos são coisas esquecidas, mas que eu acho tão atuais, tão modernos e contemporâneos, que acho que cabe revê-los e repensar o que é passado, o que é futuro e como tudo pode andar junto”, explica. Por ressignificar a utilidade dos materiais que escolhe, emprestando-lhes outras simbologias, Marepe é comumente associado ao artista francês Marcel Duchamp (1887-1968), embora seu trabalho tenha por essência o universo de suas raízes nordestinas, desde a identidade visual até o viés socioeconômico da região em que nasceu.
Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Erika Mota (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)
Centro Cultural Dannemann
Centro Cultural Dannemann
Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA)
Goethe-Institut (Salvador, Bahia)
Centro Cultural Dannemann
Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA)
Pavilhão Manoel da Nóbrega (São Paulo, SP)
Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA)
Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA)
Haus der Kulturen der Welt (Berlim, Alemanha)
Museu Municipal de Arte
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ)
Museu de Arte Brasileira (MAB-FAAP)
Fundação Cultural de Curitiba. Solar do Barão
Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA)
Itaú Cultural
Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB)
Parque Ferial Juan Carlos I
Fundação Bienal de São Paulo
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