Artigo sobre Somos Todos do Jardim da Infância

Teatro Itália
Biografia
Regina Lúcia Palhano Braga (Belo Horizonte, MG, 1945). Atriz. Reconhecida intérprete, versátil nos registros cômicos e dramáticos. Acumula, em sua formação, o curso da Escola de Arte Dramática (EAD), estágios realizados na França e junto à formação em psicodrama. Estreia profissionalmente em 1967 no espetáculo A Escola de Mulheres, de Molière, direção de Isaias Almada para o Núcleo 2 do Teatro de Arena. Participa, em 1970, de A Cantora Careca, de Eugène Ionesco, encenação de Antônio Abujamra; A Longa Noite de Cristal, de Oduvaldo Vianna Filho, e O Interrogatório, de Peter Weiss, encenações de Celso Nunes. Com o mesmo diretor, em 1971, é a vez de E Se a Gente Ganhar a Guerra?, de Mario Prata. Seu primeiro destaque surge em Coriolano, de William Shakespeare, ao lado de Paulo Autran, em 1974. No ano seguinte, em Equus, de Peter Shaffer, novas colaborações com Celso Nunes. Boas oportunidades surgem nas encenações de Bodas de Papel, de Maria Adelaide Amaral, sendo dirigida por Cecil Thiré, em 1978 e em Patética, de João Ribeiro Chaves Netto, em 1980. Em 1983 protagoniza Chiquinha Gonzaga, Ó Abre Alas, também de Maria Adelaide Amaral, para o Teatro Popular do Sesi (TPS), trabalho que lhe rende diversos prêmios. Em 1986, é dirigida por Marcio Aurelio, em O Segundo Tiro, de Robert Thomas.
Cresce em prestígio na peça Uma Relação tão Delicada, de Loleh Bellon, com direção de William Pereira, em 1989, ganhando o Prêmio Molière de melhor atriz.
Em 1996 retorna ao palco, ao lado de Toni Ramos, para uma versão de Cenas de um Casamento, baseado no roteiro de Ingmar Bergman. Em 1998, interpreta Amanda Wingfield de À Margem da Vida, de Tennessee Williams, encenação de Beth Lopes e, no ano seguinte, como a protagonista do solo Um Porto para Elizabeth Bishop, centrado na vida da poeta norte-americana que viveu alguns anos no Brasil, texto de Marta Góes.
A atriz participa, ao longo de toda sua carreira, de expressivos trabalhos na TV e no cinema.
Sua atuação em Um Porto para Elizabeth Bishop leva o crítico Sérgio Coelho a comentar: "Uma partitura complexa e fecunda então, que teve a felicidade de ser composta para uma atriz que parece atingir sua maturidade plena. Regina Braga domina com tranqüilidade todas as sutilezas requeridas: a perda progressiva do sotaque, que realça o sabor de cada palavra ao tingir de exótico nosso cotidiano; a entrega do corpo ao medo, ao álcool, ao deslumbre feliz; a riqueza de contrastes no ritmo, quando o grito diante da morte logo dá lugar ao relato contido do suicídio de Lota Soares, sua grande paixão".1
Notas
1 COELHO, Sérgio. Sob olhar estrangeiro: Bishop define Brasil. Folha de S.Paulo, São Paulo, 15 jun. 2001. Ilustrada, p. E2.
Teatro Itália
Teatro Brigadeiro
Teatro Brigadeiro
Auditório Augusta
Teatro Popular do Sesi (TPS)
Espaço Promon. Sala São Luiz
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