Título da obra: Logradouro


Registro fotográfico Sérgio Guerini
Logradouro
,
2002
,
Marcos Chaves
Registro fotográfico Sérgio Guerini
Biografia
Marcos Quelhas Moreira Chaves (Rio de Janeiro, RJ, 1961). Artista visual e arquiteto. Forma-se em arquitetura e urbanismo pela Universidade Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, onde tem aula com Lygia Pape (1927-2004). Cursa a Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage) e o Bloco Escola, do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), onde tem aulas de pintura com Rubens Gerchman (1942-2008). Vive na Itália durante o ano de 1984, quando trabalha como assistente de Antonio Dias (1944), em Milão. Realiza sua primeira exposição individual em 1988, na Galeria Macunaíma, Funarte, Rio de Janeiro, em que apresenta objetos, desenhos e intervenções sobre sacolas de supermercado. Em 1997, recebe a menção de honra no 4º Salão MAM/Bahia pela obra 1/1 e é contemplado com a Bolsa de Artes RioArte, do Instituto de Arte e Cultura do Rio de Janeiro. Recebe o prêmio de viagem pelo país no 16º Salão de Artes Plásticas em 1998, pelo vídeo Eu Só Vendo a Vista. Participa do Cyfuniad International Artists Workshop, Liverpool, Inglaterra, em 2001. Em 2002, apresenta trabalhos no projeto Stazione Topolò, em Udine, Itália, e na 7X7 Arte Contemporaneo Brasileño, em La Paz, Bolívia. Assina, em 2004, o cenário da peça Ensaio.Hamlet, de Enrique Diaz (1967), com a Cia. dos Atores (1990). Também produz o cenário do espetáculo Teorema, da coreógrafa e bailarina Marcia Rubin (1962), em 2006.
Comentário Crítico
Em trabalhos de fins da década de 1980, como Hanged Man (1987) e Hommage aux Mariages (1989), Marcos Chaves já exibe um dos traços mais característicos de sua obra: a habilidade de olhar o mundo por meio do humor atento e ácido e de, através disso, afastar da percepção rotinas e hábitos que embotariam o conhecimento.
Para a crítica Ligia Canongia, o trabalho de Chaves pertence à linhagem do ready-made duchampiano, ou seja, à linhagem das obras que vieram se interrogar sobre a qualidade e a função do objeto de arte. É nesse sentido que Chaves expõe obras como Jaws (1992), na qual prega à parede uma bolsa de veludo, e Irene ri (1994), formada por duas vassouras de fibra de piaçava. Ao longo de sua trajetória, prossegue Canongia, Chaves persegue o caráter disjuntivo das coisas que saem de seu meio e função originais. São objetos que interferem sobre a ordem institucional, surpreendendo, nas coisas simples, valores que a convenção dissimulava. O artista faz deslocamentos imprevisíveis e constrói assemblages com tom de paródia, destilando aí a sua observação aguda sobre o mundo que o cerca, e não poupando nenhum segmento, dos produtos tecnológicos ao lixo.
Em 2002, Chaves realiza a instalação Lugar de Sobra, reunindo vários bancos de madeira feitos precariamente. Em 2006, produz a série fotográfica Buracos, na qual, assim como em Lugar de Sobra, explora arranjos e justaposições irônicas e hilárias inventadas pelos habitantes das metrópoles brasileiras para contornar o descaso público.
Registro fotográfico Sérgio Guerini
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini/Itaú Cultural
Registro fotográfico Sérgio Guerini
Reprodução fotografica Iara Venanzi/Itaú Cultural
Arquivo do artista
Espaço Sesc
Fundação Bienal de São Paulo
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_)
Galeria Macunaíma
Fundação Nacional de Artes. Centro de Artes
Espaço Cultural Sérgio Porto
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)
Espaço Cultural Sérgio Porto
Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Fundação Bienal de São Paulo
Galeria Sérgio Milliet
Paço Imperial
Espaço Cultural Sérgio Porto
Museu do Telephone (Rio de Janeiro, RJ)
Paço Imperial
Paço Imperial
Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA)
Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (Rio de Janeiro, RJ)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Joel Edelstein Arte Contemporânea (Rio de Janeiro, RJ)
Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Margs)
Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RJ)
Fundação Bienal de São Paulo
SESC Consolação
Fundação Bienal de São Paulo
APROPRIAÇÕES. Curadoria Ligia Canongia; fotografia Vicente de Mello; tradução Jack Liebof. Rio de Janeiro : Joel Edelstein Arte Contemporânea, 1997. 8 p. il. p.b.
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