Título da obra: Sem Título


Reprodução Fotográfica Autoria desconhecida/Cortesia Galeria Casa Triângulo
Sem Título
,
1996
,
Rivane Neuenschwander
Reprodução Fotográfica Cao Guimarães
Biografia
Rivane Neuenschwander Maciel Guimarães (Belo Horizonte MG 1967). Artista visual. Estuda desenhos na Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), entre 1989 e 1994. Em 1992, faz sua primeira exposição individual na Itaú Galeria de Belo Horizonte e de São Paulo. Recebe, em 1993, o Prêmio Marc Ferrez de Fotografia pelo projeto Ex-Votos, Objetos Fotográficos, realizado na Fundação Nacional de Arte (Funarte), Rio de Janeiro. Em 1996, é premiada no projeto Antarctica Artes com a Folha juntamente com Marepe (1970) e Cabelo (1967). É artista residente do Royal College of Art, em Londres, entre 1996 e 1998. Participa da 24ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1998. No mesmo ano, é diretora de arte do curta-metragem Otto, Eu Sou um Outro, com direção de Lucas Bambozzi (1965) e Cao Guimarães (1965). É artista residente do International Artists Studio Program in Sweden (Iaspis), em Estocolmo, Suécia, em 1999. Em parceria com Cao Guimarães, dirige os vídeos experimentais Sopro (2000) e Word/World (2001). Em 2001, recebe prêmio da ArtPace Foundation, sediada em Santo Antonio, Estados Unidos. Participa da Bienal Internacional de Veneza em 2003 e em 2004, e da 27ª Bienal Internacional de São Paulo, em 2006.
Comentário Crítico
Os primeiros trabalhos de Rivane Neuenschwander, para a crítica de arte Lisette Lagnado, consistem de desenhos espaciais. Cria obras de textura leve e diáfana, utilizando materiais como plásticos, cascas de alho ou pétalas. Em suas obras, a artista trabalha com base em uma subjetividade fundada na ideia de transformação das coisas. Elabora, assim, uma resistência silenciosa às mínimas destruições que ocorrem no cotidiano. Em instalação que realiza para a Bienal Internacional de São Paulo, a artista constrói duas habitações similares, cúbicas e totalmente brancas. Nas paredes e no chão prega fragmentos de plástico autoadesivo, quadrados de 50 x 50 cm, que contêm diversos resíduos, como migalhas de pão, cabelos, pedaços de cebola e poeira do chão de sua casa em Londres. Seu propósito é que, ao permitir que os espectadores transitem por esses lugares, transponham os resíduos por todo o espaço expositivo. Para a estudiosa Rosa Martinez, a artista contrapõe a geometria relacionada à sujeira do espaço doméstico aos itinerários ao acaso realizados pelo público e proporciona uma reflexão sobre as interferências e as interações entre o pessoal e o público. Em outros trabalhos, utiliza pratos de porcelana branca, nos quais combina elementos orgânicos, como asas de vespas, óleo de soja, água e sementes com materiais industriais, como o silicone e o plástico, compondo na superfície do prato linhas e formas definidas pela justaposição dos diferentes materiais. Já em Cartografia Faminta (2000) expõe desenhos que surgem no papel após ele ter sido comido por lesmas. A artista interfere na obra, orientando as lesmas por meio de sombras sobre o papel, resultando em imagens que se aproximam de um mapa. Para Martinez, em cada um dos trabalhos de Rivane Neuenschwander há uma carga de profundidade, de sentidos latentes e vontade de criar beleza de materiais e procedimentos contemporâneos.
Reprodução Fotográfica Autoria desconhecida/Cortesia Galeria Casa Triângulo
Reprodução Fotográfica Cao Guimarães
Reprodução Fotográfica Cao Guimarães
Registro fotográfico Cia de Foto/Itaú Cultural
Frame do vídeo Domingo (Sunday) de Rivane Neuenschwander/Divulgação
Rivane Neuenschwander - Enciclopédia Itaú Cultural
O processo de criação da mineira Rivane Neuenschwander ocorre de diferentes maneiras. Ele pode ter inspiração em um trabalho já realizado, pode surgir de um conceito original, da necessidade de abordar um determinado tema ou até mesmo de características arquitetônicas do espaço expositivo. Migalhas de pão, formigas, fios de cabelo e pedaços de cebola se transformam em matéria-prima de suas instalações. “São materiais simples. Pode ser talco. Pode ser sujeira. São coisas que fazem parte do meu cotidiano”, explica. Para concretizar suas ideias, ela conta com a colaboração de outras pessoas, sejam elas assistentes ou o público, que são convidados a interagir com as obras e, muitas vezes, provoca reações imprevisíveis. “De certa maneira, consigo controlar o tempo e os animais. Mas o ser humano é imprevisível do começo ao fim. Então, acho essencial oferecer uma plataforma que possa se formalizar da maneira como você mais ou menos previu.”
Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)
Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes
Museu da Inconfidência
Museu de Arte Contemporânea (Porto Alegre, RS)
Casa Triângulo
Casa Triângulo
Fundação Armando Álvares Penteado
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA)
Pavilhão Manoel da Nóbrega (São Paulo, SP)
Art Gallery of New South Wales (Sydney, Austrália)
Museo de Bellas Artes (Caracas, Venezuela)
Fundação Bienal de São Paulo
Foudation 3,14
Itaú Cultural
Museo de Arte Moderno de Buenos Aires (Argentina)
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
Itaú Cultural
Fundação Bienal de São Paulo
Centro de Arte Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, RJ)
Museu Nacional
Fundação Iberê Camargo
BRASIL. Plural y singular. Curadoria Laura Buccellato, Clelia Taricco. Buenos Aires: MAMba, 2000.
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