Título da obra: Sem Título


Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini/Itaú Cultural
[Ilustração do livro Canudos]
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Poty Lazzarotto
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Biografia
Napoleon Potyguara Lazzarotto (Curitiba PR 1924 - idem 1998). Gravador, desenhista, ilustrador, muralista e professor. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1942 e estuda pintura na Escola Nacional de Belas Artes (Enba). Freqüenta curso de gravura com Carlos Oswald (1882-1971) no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. Em 1946, viaja para Paris, onde permanece por um ano. Estuda litografia na École Supérieure des Beaux-Arts, com bolsa do governo francês. Em 1950, funda, juntamente com Flávio Motta (1916), a Escola Livre de Artes Plásticas, na qual leciona desenho e gravura. Nessa época organiza o primeiro curso de gravura do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Organiza, ao longo da década de 1950, cursos sobre gravura em Curitiba, Salvador e Recife. Desde os anos 1960 tem destaque como muralista, com diversas obras em edifícios públicos e particulares no país e no exterior. Tem relevante atuação como ilustrador de obras literárias como as de Jorge Amado, Graciliano Ramos, Euclides da Cunha e Dalton Trevisan, entre outros. É autor dos livros A Propósito de Figurinhas, de 1986, e Curitiba, de Nós, de 1989, em parceria com Valêncio Xavier Niculitcheff. Executa diversos murais, como o da Casa do Brasil, em Paris, 1950, e o painel para o Memorial da América Latina, São Paulo, 1988. A partir dos anos 1980 são lançadas várias publicações sobre sua produção, entre elas: Poty Ilustrador, de Antônio Houaiss (1915-1999), em 1988; Poty: Trilhos, Trilhas e Traços, de Valêncio Xavier Niculitcheff, em 1994, e Poty: o lirismo dos anos 90, de Regina Casillo, em 2000.
Comentário Crítico
Poty possui uma extensa obra gráfica, tendo realizado inicialmente diversas histórias em quadrinhos e ilustrado livros de diversos autores nacionais e estrangeiros. Grande propagador da gravura, atua como professor em diversas cidades brasileiras. A ele se deve uma das primeiras apropriações artísticas conhecidas da litografia: pedras litográficas previamente usadas na impressão de rótulos industriais são re-trabalhadas pelo artista que mantém traços das gravações anteriores.
Por vezes seu desenho busca na estilização das formas o efeito da xilogravura. Entretanto, pode também alternar-se entre a mancha e o traço, aproximando-se, por exemplo, da obra de Aldemir Martins (1922-2006) e de outros artistas da geração de 1940 e 1950. Em 1968, o artista é convidado pelos sertanistas Orlando Villas Boas e Noel Nütels para uma estada no Parque Nacional do Xingu, durante a qual realiza cerca de 200 desenhos sobre os hábitos e costumes dos indígenas. Para a crítica de arte Nilza Procopiak, nesses trabalhos, o artista demonstra notável domínio da forma e da técnica, tanto na gradação entre as espessuras das linhas, como nos planos, contornos, na observação dos motivos geométricos presentes na cestaria e na cerâmica.
Poty dedica-se também à realização de obras monumentais em madeira, concreto e cerâmica. Seus murais, vitrais e painéis apresentam ampla relação com a sua atividade de gravador, principalmente pela aproximação à visualidade da xilogravura. Para o estudioso Orlando DaSilva, um elemento em comum em sua produção é o vigor presente no traço dos desenhos, no corte decisivo e profundo da madeira para a gravura, assim como na talha e nos murais.
Reprodução Fotográfica Romulo Fialdini/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Reprodução Fotográfica Ricardo Irineu de Souza/Itaú Cultural
Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
Ecole Nationale Supérieure des Beaux-Arts (Paris, França)
Cine Palácio (Curitiba, PR)
Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/RJ)
Edifício Mariana (Belo Horizonte, MG)
Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
Royal Academy of Arts (RA)
Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
Cine Brodway (Curitiba, PR)
Hotel Bahia (Salvador, BA)
Instituto de Educação do Paraná Professor Erasmo Pilotto (Curitiba, PR)
Teatro Guarany
Galeria Belvedere da Sé (Salvador, BA)
Associação Paranaense de Artistas (Curitiba, PR)
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