Manuel Bandeira
![Profundamente, 1940 [Ilustração]](http://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/uploads/2000/01/000499011019.jpg)
Profundamente, 1940
Manuel Bandeira
Brasiliana Itaú/Acervo Banco Itaú
Texto
Biografia
Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho (Recife PE 1886 - Rio de Janeiro RJ 1968). Poeta, cronista, ensaísta, tradutor e professor, filho do engenheiro Manuel Carneiro de Souza Bandeira e Francelina Ribeiro de Souza Bandeira. Sua infância e adolescência transcorrem entre inúmeras mudanças da família - do Recife ao Rio de Janeiro, Santos e São Paulo. O curso primário conclui no Recife e o secundário, no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.
Em 1903, em São Paulo, ingressa nos cursos de arquitetura, na Escola Politécnica, e de desenho, no Liceu de Artes e Ofícios, abandonando-os em seguida, por causa da tuberculose. Inicia então uma peregrinação, em busca de tratamento, por cidades brasileiras e estrangeiras. Numa dessas viagens, no sanatório de Clavadel, Suíça, onde permanece de 1913 a 1914, torna-se amigo do poeta francês Paul Éluard (1895 - 1952), com quem toma conhecimento da literatura de vanguarda francesa. De volta ao Brasil, fixa residência no Rio de Janeiro, onde estréia, em 1917, com o livro de poemas A Cinza das Horas, numa edição de 200 exemplares custeada por ele mesmo.
Em 1920, muda-se para a rua do Curvelo e conhece Ribeiro Couto (1898 - 1963), seu vizinho. Numa reunião na casa do poeta Ronald de Carvalho (1893 - 1935), em 1921, aproxima-se de Mário de Andrade (1893 - 1945) e Oswald de Andrade (1890 - 1954) e do crítico Sérgio Buarque de Holanda (1902 - 1982), tomando conhecimento das idéias modernistas dos escritores paulistas. No ano seguinte, inicia uma intensa correspondência com Mário de Andrade. Apesar de não participar da Semana de Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, dá-lhe apoio - seu poema Os Sapos, lido por Ronald de Carvalho, provoca protestos do público. É premiado, em 1937, pela Sociedade Felipe d'Oliveira pelo conjunto de sua obra. Entre 1938 e 1943, leciona literatura no Colégio Pedro II e, em 1940, é eleito membro da Academia Brasileira de Letras (ABL).
A partir de 1943, leciona literatura hispano-americana na Faculdade Nacional de Filosofia, onde permanece até 1956. Em 1966 recebe, em Brasília, a Ordem do Mérito Nacional, por ocasião dos seus 80 anos de idade. Morre em 1968, no Rio de Janeiro. Além de poeta, Manuel Bandeira exerce intensa atividade como cronista, crítico de literatura, cinema e artes plásticas, antologista, ensaísta e tradutor. Sua obra, marcada por aparente simplicidade, vale-se do apuro técnico e musicalidade ao tratar de temas do cotidiano. Vinculado ao modernismo, nunca deixa de lado as formas tradicionais como sonetos, redondilhas, baladas etc.
Obras 19
Espetáculos 18
Exposições 7
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13/2/1922 - 17/2/1922
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26/10/2001 - 14/1/2000
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30/11/2003 - 2/3/2002
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19/9/2015 - 15/11/2015
Fontes de pesquisa 5
- 150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989. R703.0981 P818d
- COMPANHIA TEATRAL AS GRAÇAS. Site oficial do grupo. Disponivel em e . Acessado em: 19 maio 2011. Espetáculo: Itinerário de Pasárgada - 1999. Não catalogado
- EICHBAUER, Hélio. [Currículo]. Enviado pelo artista em: 24 abr. 2011. Não catalogado
- Programa do Espetáculo - Baixa Sociedade ou Apenas 500 Milhões de Dólares - 1979. Não catalogado
- Programa do Espetáculo - O Círculo de Giz Caucasiano - 2007. Não catalogado
Como citar
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MANUEL Bandeira.
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023.
Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa1381/manuel-bandeira. Acesso em: 03 de fevereiro de 2023.
Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7