Título da obra: Aveclo Sala 1


Registro fotográfico Jane Pinheiro
Aveclo Sala 1
,
1998
,
Marcelo Coutinho
Registro fotográfico Jane Pinheiro
Marcelo Farias Coutinho (Campina Grande, Paraíba, 1968). Artista visual. Inicia a atividade profissional, em meados da década de 1980, como quadrinista e ilustrador em jornais e revistas do Recife, cidade na qual reside a partir de 1986. Forma-se em artes plásticas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife, onde atualmente é professor do Departamento de Teoria da Arte e Expressão Artística. É mestre em comunicação por essa universidade e doutor em artes visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Coutinho é um dos participantes do Grupo Camelo, juntamente com Ismael Portela (1962) e Paulo Meira (1966). Em 2004 é contemplado com a Bolsa Vitae de artes visuais.
A poética de Marcelo Coutinho desenvolve-se em estreita ligação com questões da linguagem verbal, muitas vezes trazendo tais questões para dentro da própria obra, como é o caso da instalação Africo, 1999, na qual palavras inventadas por ele e suas respectivas definições são decalcadas nas paredes do espaço expositivo em forma de verbetes. Coutinho pensa a linguagem como "instrumento desejoso", com a ânsia de trazer à tona e clarificar o que permanece obscuro, não dito, não expresso. Esse desejo, porém, esbarra nas limitações da linguagem e de sua incapacidade de tudo dizer, restando sempre algo existente, porém indistinto. Ao mesmo tempo, as palavras traduzem o desejo de tornar presente o que está ausente: é assim que uma narrativa evoca um acontecimento passado ou um nome substitui a pessoa ou coisa referida.
Em texto publicado em 1999, Marcelo Coutinho escreve: "Podemos dizer que todo objeto de arte possuiria algo básico de ex-voto, de objeto votivo. Toda obra de arte seria um objeto desejoso". Dessa maneira, o objeto de arte e a linguagem trariam em si, como elementos comuns, uma ausência e um desejo, que funcionariam como forças motrizes, gerando construções e reconstruções de sentido, num fluxo contínuo. Não por acaso, Coutinho expõe, como parte da instalação Arra olo raar, 2007, uma vitrine contendo "oito anos de unhas cortadas", signos de um processo de formar e reformar.
Registro fotográfico Jane Pinheiro
Núcleo de Arte Contemporânea
Fundação Bienal de São Paulo
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Núcleo de Arte Contemporânea
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Fundação Espaço Cultural da Paraíba
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
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Núcleo de Arte Contemporânea
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Galeria Vicente do Rego Monteiro (Recife, PE)
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Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam)
Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA)
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Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Fundação Bienal de São Paulo
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