Título da obra: Inside Out


Fotografia William Helsel
Som do Silêncio
,
1995
,
Shirley Paes Leme
Registro fotográfico Roberto Chacur
Biografia
Shirley Paes Leme Paiva Arantes (Cachoeira Dourada GO 1955). Escultora, gravadora, desenhista e professora. Entre 1975 e 1978, freqüenta o curso de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde estuda com Amilcar de Castro (1920-2002). Em 1979, passa a lecionar no curso de graduação em Artes Plásticas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e freqüenta, na mesma instituição, o curso de especialização em artes entre 1981 e 1982. Realiza sua primeira exposição individual em 1981, na Fundação Cultural do Distrito Federal, Brasília. Recebe bolsa de estudos da Fullbright Foundation em 1983 e muda-se para os Estados Unidos, onde inicia mestrado na Universidade do Arizona, em Tucson. Posteriormente, transfere-se para Berkeley, onde cursa doutorado na John F. Kennedy University, concluído em 1986. Entre 1984 e 1986, freqüenta o San Francisco Art Institute, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e faz estágio no University Art Museum, em Berkeley. De volta ao Brasil, continua a lecionar na UFU de 1989 até 2003. Em 1999, participa do programa de artista residente Kunsthaus Bethanien em Berlim. É professora do Departamento de Artes Visuais da Faculdade Santa Marcelina (FASM), em São Paulo, desde 2003.
Comentário Crítico
Como nota a crítica Maria Alice Milliet, Shirley Paes Leme, na maior parte de suas esculturas e instalações da década de 1990, emprega galhos secos e ramos, que aparecem em feixes, criando ritmos lineares, formando massas em convergência ou expansão, ou ainda delineando estruturas leves que definem as formas de uma geometria imprecisa. Gradualmente o metal vai sendo utilizado como elemento autônomo em sua produção tridimensional, combinado à madeira, como parte visível da escultura. Na opinião do historiador da arte Tadeu Chiarelli, apropriando-se de técnicas artesanais de produção de objetos utilitários, a artista constrói esculturas que tendem a constituir-se em formas fechadas, e a princípio evitam um caráter monumental ou mesmo a flexibilidade típica dos trabalhos de derivação da arte povera.
Ainda na opinião de Tadeu Chiarelli, as esculturas de Paes Leme combinam formas originais com a familiaridade decorrente das técnicas populares ligadas à cestaria, adereços corporais e habitações indígenas ou caboclas.
A artista realiza ainda desenhos a partir de fumaça congelada, arames ou gravetos, nos quais estão presentes também elementos ligados à memória de sua infância. Como aponta Chiarelli, os desenhos de fumaça são o registro de uma série de pequenos gestos, que tentam reter o volátil, o efêmero. Em outros trabalhos, realiza traços com uma substância à base de frutas cítricas, que, em contato com o calor de uma chama, faz aparecer linhas até então imperceptíveis. Com esse processo, que a artista denomina pirofitografia, faz do desenho um jogo que mescla acaso e vontade. Em produção recente a artista incorpora novos meios, como o vídeo e a telefonia celular, em suas instalações.
Fotografia William Helsel
Registro Fotográfico Romulo Fialdini
Fotografia Roberto Chacur
Registro Fotográfico Romulo Fialdini
Registro fotográfico Roberto Chacur
Fotografia Roberto Chacur
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
Shirley Paes Leme - Enciclopédia Itaú Cultural
“A primeira manifestação a que tive foi a de construir coisas”, conta a artista goiana Shirley Paes Leme. Ela se inicia no desenho nos anos 1970 e, na década seguinte, após uma temporada de estudos nos Estados Unidos, Paes Leme passa a se interessar pela geografia humana e o estudo do espaço, desenvolvendo esculturas e instalações mapeadas pela arquitetura vernacular. “Nesse tipo de arquitetura surge toda a história do meu trabalho. É a arquitetura sem arquitetos, informal, presente nas favelas, nas zonas rurais, nas casas de pau a pique, nas tendas africanas e nos iglus”, descreve a artista, que reproduz ambientes articulando tecnologia e elementos da natureza. Ela se interessa também pela discussão sobre a imaterialidade, a tentativa de estimular sensações primárias nas pessoas, como na obra em que concentra fumaça em uma teia de aranha, numa alusão aos antigos fogões à lenha.
Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)
UFMG. Reitoria (Belo Horizonte, MG)
Museu de Arte da Pampulha (MAP)
Círculo Militar de Belo Horizonte
Museu de Arte da Pampulha (MAP)
Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes
Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes
Universidade Federal de Uberlândia (MG)
Galeria de Arte Sylvio Vasconcellos (Belo Horizonte, MG)
Fundação Cultural do Distrito Federal
Instituto Cultural Brasil Estados Unidos (Belo Horizonte, MG)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Fiberworks Gallery
Fiberworks Gallery
Museu Casa dos Contos. Centro de Estudos do Ciclo do Ouro (Ouro Preto, MG)
Parque do Sabiá
Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes. Grande Teatro
Oficina Cultural Oswald de Andrade (São Paulo, SP)
Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre (RS)
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
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