Título da obra: Arco


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Arco
,
1985
,
Marco Tulio Resende
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Marco Tulio Resende (Belo Horizonte, Minas Gerais, 1950). Pintor, desenhista e professor. Estuda artes plásticas na Escola Guignard, em Belo Horizonte, entre 1971 e 1974, onde convive com Amilcar de Castro (1920 - 2002), Sara Ávila (1932) e Lotus Lobo (1943). Participa da 12ª Bienal Internacional de São Paulo em 1973. Dois anos depois, faz sua primeira exposição individual na Galeria do Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos, em Belo Horizonte. Entre 1975 e 1979, faz mestrado na School of the Art Institute of Chicago - Artic, Estados Unidos, como bolsista da Fulbright Commission. Ganha o prêmio de desenho no 9° Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte, em 1977, e menção honrosa do Fellowship Contest, promovido pelo Artic em 1978. De volta a Belo Horizonte, em 1979, retorna à Escola Guignard como professor. Recebe bolsa do Goethe Institut para estudar na Alemanha em 1990. Em 1998, é convidado a participar como artista visitante da Sheffield Hallam University, Sheffield, Inglaterra.
Marco Tulio Resende tem uma produção diversificada, trabalha com pintura, desenho, gravura, objetos, instalações e livros-objeto. Sua obra é marcada por um caráter intimista que, segundo o próprio artista, provém da tentativa de se ver no mundo, de se espelhar e se reconhecer nele.
O artista cria livros-objeto, construídos por pinturas e desenhos. Para o artista plástico e crítico de arte Márcio Sampaio (1941), nessas obras Resende escreve também sua própria história: seu trabalho requer do espectador uma grande concentração, para seguir cada um dos momentos de sua vida ali apresentados e para prosseguir em sua leitura. Para Sampaio, as formas que realiza, como osso, martelo, torre, mão, cravo ou flor, aludem a sentimentos vivenciados pelo artista, como perdas, medos, desejos e desistências.
Resende cria obras a partir de materiais do cotidiano, como madeira, tecido, terra, cristais e pedaços de ferro. Segundo a historiadora da arte Aracy Amaral, em Carro, 1999, o artista alude ao meio de transporte por meio de uma construção com madeira e barro, recriado-o assim de maneira precária. Já em Ilha, 1999, apresenta um cesto de madeira fechado por cintas de metal, em cujo interior coloca pedras. Em Jardim, 1999, constrói montes de barro de formato similar sobre uma base de madeira. Os trabalhos geram um certo desconcerto no observador. São imagens não usuais, compostas por objetos com os quais o artista se depara em seu dia-a-dia e que podem alcançar significados diversos. Representam também fragmentos de sua memória pessoal, recuperados em seus trabalhos.
Para o historiador da arte Tadeu Chiarelli, em suas obras sobre papel o artista cria um campo exploratório especifico para a formulação de seu próprio imaginário. Nesses trabalhos, formas amputadas do corpo humano transformam-se em elementos modulares, dotados de forte concentração dramática.
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Fundação Bienal de São Paulo
Museu de Arte da Pampulha (MAP)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
Teatro Guaíra
Museu de Arte da Pampulha (MAP)
Teatro Guaíra
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Museu de Arte da Pampulha (MAP)
Itaugaleria (Campo Grande, MS)
Itaugaleria (Brasília, DF)
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes
Fundação Bienal de São Paulo
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