Título da obra: Portão do Gasômetro - Brás


Marcelo Lerner
,
1997
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Eduardo Castanho
Biografia
Eduardo Amaral Castanho (São Paulo, SP, 1950). Fotógrafo, professor, crítico e curador. Formado em comunicação social, atua como fotógrafo profissional desde 1971. Entre 1971 e 1979, trabalha com fotografia e cinema de publicidade, desenvolvendo a partir de 1974 atividade como professor, curador e promotor de eventos no campo da fotografia.
É responsável pela implantação e coordenação do departamento de fotografia do Centro Cultural São Paulo (CCSP), entre 1980 e 1982. No ano de 1980, realiza sua primeira mostra individual, Sete Ensaios, no Museu da Imagem e do Som (MIS/SP). Entre 1983 e 1984, vive em Los Angeles, Estados Unidos, onde cursa pós-graduação em fotografia e cinema, no California Institute of the Arts, como bolsista da Fullbright Commission. Em 1985, é comissionado para realizar as fotografias para o livro Novos Horizontes: Pintura Mural nas Cidades Brasileiras. Entre 1989 e 1995, é curador de fotografia do MIS/SP. Suas fotografias compõem Paulista, Símbolo da Cidade, livro publicado em 1990. Integra a equipe fundadora do Núcleo dos Amigos da Fotografia (NAfoto), em 1991, ano em que produz as fotografias para a publicação O Livro do Rio Tietê. Em 1995, faz parte da equipe de curadores da Bienal de Fotojornalismo, promovida pela Fundação Bienal. Em 2001, recebe o prêmio Porto Seguro de Fotografia. No ano seguinte, publica São Paulo: Cores e Sentimentos, reunindo 80 imagens da capital paulista. Como crítico, escreve textos para catálogos de fotógrafos como Haruo Ohara (1909-1999), Eustáquio Neves (1955) e Marcelo Buainain (1962), além da apresentação do catálogo da mostra O Brasil na Máquina do Tempo (1997), realizada pelo Itaú Cultural (IC).
Comentário crítico
As imagens de Eduardo Castanho transitam pelos gêneros clássicos da fotografia: retrato, arquitetura e paisagens urbanas. Nas representações das cidades seu domínio da luz alia-se ao rigor quase matemático na construção dos enquadramentos, embora guardando espaço para o insólito, como nas imagens do livro Paulista, Símbolo da Cidade (1990), baseado na pesquisa que elegeu a Avenida Paulista como símbolo da cidade de São Paulo. O ensaio divide-se em pequenas séries, apresentando tomadas ascendentes e descendentes dos edifícios e o uso gráfico das sombras. As fotografias, que abarcam desde o prédio do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) até o acesso subterrâneo à avenida, afirmam seu olhar construtivo. Em outros momentos, porém, como quando o fotógrafo entra no Parque Trianon, o rigor da composição cede lugar às pequenas observações, utilizando a lente como o olho de um observador despretensioso que revelam uma abelha que pousa na flor, um garoto lendo gibi, um senhor lendo jornal e crianças matando a sede na fonte.
Da vasta produção de Castanho, merecem destaque ainda seus retratos - para os quais já foram modelos artistas como Tomie Ohtake (1913), Emanoel Araújo (1940), Eliana Lopes e Rafael Serrano - em que captam a afetividade existente na relação dos retratados com os ambientes em que são registrados, como ateliês e espaços domésticos.
Galeria Alberto Bonfiglioli
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)
Artist's Showcase Gallery (Nova Iorque, Estados Unidos)
Galeria Fotóptica
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)
Espaço Latino-Americano (Paris, França)
Los Angeles Center for Photography Studies (Los Angeles, Estados Unidos)
Museo Nacional de Bellas Artes (Havana, Cuba)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Museu da Imagem e do Som (São Paulo, SP)
Galeria Fotóptica
Centro Cultural UFMG
Itaú Cultural (Campinas, SP)
Itaú Cultural
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