Artigo sobre Bienal de Artes de Goiás (3. : 1993 : Goiânia, GO)

Museu de Arte Contemporânea de Goiás (Goiânia)
Fábio Jabur de Noronha (Curitiba, Paraná, 1970). Artista plástico, professor. Entre 1990 e 1994, estuda na Escola de Música e Belas Artes do Paraná - Embap, formando-se em pintura. Em 1996, começa a lecionar na Embap e desenvolve a série de desenhos Condutores de Limites, feitos com aquarela, grafite e cera. Realiza a série Conservadores de Carnes, 1998, em que utiliza fotografia, desenho e pintura. Torna-se chefe do departamento de pintura da Embap, em 1999, e logo após inicia curso de especialização em história da arte, nessa instituição. Entre 1998 e 2003, produz a série Acidez, e escreve um texto de ficção com o mesmo nome para o catálogo da exposição Panorama da Arte Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP. Desde 2000, trabalha com vídeo e imagens digitais, apropriando-se de imagens já existentes. Em 2005, faz mestrado em artes visuais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS.
As pinturas iniciais de Fábio Noronha têm pinceladas fortes e seguras que buscam integrar massas de cor e grafismos. Em vez da gestualidade gratuita o artista busca refletir sobre o próprio ato de pintar. Passa a utilizar telas agrupadas em módulos, formando um espaço único que deixa evidente sua materialidade com base nas fendas que surgem entre elas. Esses aspectos levam o artista a buscar relações formais internas a cada módulo, mas que provoquem novas relações em seu conjunto.
Ainda em seu período de graduação, entra em contato com a fotografia, inicialmente usada para registrar seus trabalhos, depois passa a utilizá-la em suas obras ao lado da pintura e do desenho. A partir de 1996, elabora obras em séries, lidando com algumas delas simultaneamente de forma não-linear. Em 1996, inicia a série de desenhos Condutores de Limites e, em 1998, a série Conservadores de Carnes.
Na série Acidez, além das massas de cor e grafismos, são utilizados auto-retratos e frases em algumas obras. Essas frases, embora possam ser interpretadas como metáforas, são usadas de forma literal, "provocando o espectador a não substituir aquilo que ele vê", afirma o artista. Em 2000, inicia sua produção em vídeo, interessado nas características dessa técnica. Noronha trabalha com imagens já existentes, como trechos de vídeos pornográficos retirados da internet e algumas imagens anteriormente registradas por ele. Utiliza para isso cortes, duração, contrastes, justaposições e sobreposições e um formato influenciado pela pintura. Sua produção passa a ficar focada no desenvolvimento dessa linguagem e no uso de imagens digitais.
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