Título da obra: Retrato de Marius Lauritzen


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Retrato de Samico
,
1952
,
Ionaldo
Gilvan José Meira Lins Samico (Recife, Pernambuco, 1928 - idem 2013). Gravador, pintor, desenhista, professor. Em 1952, Gilvan Samico funda, juntamente com outros artistas, o Ateliê Coletivo da Sociedade de Arte Moderna do Recife (SAMR), idealizado pelo gravador Abelardo da Hora. Estuda xilogravura com Lívio Abramo, em 1957, na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP). No ano seguinte, transfere-se para o Rio de Janeiro, onde cursa gravura com Oswaldo Goeldi na Escola Nacional de Belas Artes (Enba). Dedica-se à realização de texturas elaboradas com ritmos lineares em seus trabalhos. Em 1965, fixa residência em Olinda. Leciona xilogravura na Universidade Federal da Paraíba (UFPA). Em 1968, com o prêmio viagem ao exterior obtido no 17º Salão Nacional de Arte Moderna (SNAM), permanece por dois anos na Europa. Em 1971, é convidado por Ariano Suassuna a integrar o Movimento Armorial, voltado à cultura popular nordestina e à literatura de cordel. Sua produção é marcada pela recuperação do romanceiro popular nordestino, por meio da literatura de cordel e pela utilização criativa da xilogravura. Suas gravuras são povoadas por personagens bíblicos e outros, provenientes de lendas e narrativas locais, assim como por animais fantásticos e míticos. Com a apresentação de uma nova temática, introduz uma simplificação formal em seus trabalhos, reduzindo o uso da cor e das texturas.
Gilvan Samico inicia-se em pintura como autodidata. Em 1948, integra a Sociedade de Arte Moderna do Recife, que tem importante papel na renovação da arte pernambucana. O objetivo dessa associação é criar no Recife um amplo movimento cultural que envolvesse áreas como artes plásticas, teatro e música, incentivando pesquisas sobre a cultura popular e suas manifestações. Em 1952, Samico é um dos fundadores do Ateliê Coletivo da SAMR, centro de estudos de desenho e gravura, voltado para uma arte de caráter social.
Vem para São Paulo em 1957, onde tem aulas com Lívio Abramo. De sua convivência com o Abramo, Samico guarda a preocupação em explorar as possibilidades formais da madeira e o interesse pelas texturas muito elaboradas. O artista passa a criar ritmos lineares, que se harmonizam perfeitamente na estrutura geral de suas obras.
Viaja no ano seguinte ao Rio de Janeiro, onde freqüenta o curso livre de gravura de Oswaldo Goeldi. O contato com o gravador é percebido no emprego de atmosferas noturnas em seus trabalhos, utilizando número reduzido de traços, e no uso muito preciso da cor.
Sua obra é marcada definitivamente pela descoberta do romanceiro popular, através da literatura de cordel e pela criativa utilização da xilogravura. O espaço de suas gravuras é então povoado por personagens bíblicos e outros, provenientes de lendas e narrativas populares, e também por muitos animais e seres fantásticos: leões, serpentes, dragões.
Paralelamente à inovação temática, Samico passa a utilizar o branco com muita força expressiva. A profundidade é pouco evocada em suas obras, que enfatizam a bidimensionalidade, sendo as figuras representadas como signos, o que ocorre, por exemplo, em O Boi Feiticeiro e o Cavalo Misterioso (1963). A xilogravura Suzana no Banho (1966) apresenta características formais que se tornam constantes na obra de Samico: além das tramas gráficas diferenciadas, que conferem ritmo à composição, emprega a simetria e a compartimentação geométrica do espaço.
Nas décadas de 1980 e 1990, Gilvan Samico dedica-se mais longamente à realização de cada gravura, chegando a produzir uma matriz por ano. Exercita com a goiva1 toda uma variedade de cortes, até encontrar a textura ideal para cada assunto tratado. Nos trabalhos recentes simplifica a estrutura e a própria trama linear, acrescentando motivos originários da arquitetura: arcos, rosáceas e molduras. A obra A Espada e o Dragão (2000), por exemplo, apresenta uma técnica apurada e um uso muito criterioso da cor.
1 Ferramenta de seção côncavo-convexa com corte, utilizada por artesãos e artistas para talhar peças de madeira, metal ou pedra.
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica Fábio Praça
Reprodução fotográfica César Barreto
Reporudção fotográfica Fritz Simons
Reprodução fotográfica César Barreto
Reprodução fotográfica Cesar Barreto
Reprodução fotográfica Simons Fritz
Reprodução fotográfica Fritz Simons
Reprodução fotográfica Fritz Simons
Reprodução fotográfica César Barreto
Reprodução fotográfica Cesar Barreto
Reprodução fotográfica Fritz Simons
Repordução fotográfica Cesar Barreto
Reprodução fotográfica Cesar Barreto
Reprodução fotográfica Fritz Simons
Reprodução fotográfica Cesar Barreto
Reprodução fotográfica Cesar Barreto
Reprodução fotográfica Cesar Barreto
Repordução fotográfica Cesar Barreto
Reprodução fotográfica Cesar Barreto
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ)
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Cabanga Iate Culbe (Recife, PE)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ)
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Galeria Lemac
Museu do Estado de Pernambuco (MEPE)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ)
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