Manlio de Medeiros Speranzini (São Paulo, São Paulo, 1959). Artista gráfico. Em 1982, gradua-se na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP). Em 1999, realiza a exposição Vestígios. Memórias do Acaso, no Espaço UFF de Fotografia, em Niterói, Rio de Janeiro. O evento reúne fotografias do cotidiano com atmosfera do sonho, impressas em papel arroz, segundo descreve o fotógrafo Paulo Duque Estrada no catálogo da exposição. Dois anos mais tarde, acontece a individual À Revelia da Luz, em São Paulo, que apresenta o trabalho do artista no formato de instalação. De acordo com a curadora Elisabeth Leone, as obras de Manlio estabelecem “relações entre as aparências externas – públicas – com o imaginário interno – privado”. 

Obtém o título de mestre pelo Programa de Pós-Graduação Interunidades em estética e história da arte da USP, em 2005, sob a orientação de Artur Matuck (1949). Sua dissertação, Arquiteturas Possíveis – a Construção do Sentimento Morador, além do texto, traz um livro de artista, intitulado O Sentimento Morador, composto por vivências domésticas. A obra agrega elementos como fotografias, testemunhos verbais e registros de áudio. 

Em 2006, é um dos finalistas do 3º Concurso Folha de Ilustração e Humor, na categoria ilustração livre. Cinco anos mais tarde, orientado por Claudia Consuelo Amigo Pino, torna-se doutor em Letras pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH/USP), com a tese A Pesquisa (In)finita das Coisas – Georges Perec e a Arte do Desimportante. Em 2012, recebe o prêmio do 2º Salão de Design de Superfície de Santa Maria, na categoria tecido. Um ano depois, sua tese ganha o Prêmio Destaque USP. Em 2015, publica “Cartas da Janela” na revista Em Tese, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A obra é baseada em Como Viver Junto, do crítico literário Roland Barthes (1915-1990).