Título da obra: Asinus in Tegulis, A Vênus Triunfante Paulina Borghese Bonaparte, de Canova


Reprodução fotográfica Rui Arsego
Sem Título
,
1990
,
Schwanke
Luiz Henrique Schwanke (Joinville, Santa Catarina, 1951 - idem 1992). Pintor, desenhista, escultor, ator, dramaturgo, cenógrafo e publicitário. Formado em comunicação social pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), é autodidata em desenho, pintura e escultura. Desde o fim dos anos 1970, é presença constante em exposições e salões nacionais, destacando-se com diversas premiações. Paralelamente às pesquisas plásticas, atua como publicitário, dramaturgo, ator e cenógrafo. Em 1980, realiza mostra individual na Galeria Sérgio Milliet, da Fundação Nacional de Arte (Funarte), no Rio de Janeiro, com obras que explicitam questões recorrentes em sua trajetória: o interesse pela luz, o uso de materiais industrializados e referências à história da arte. Nos anos 1980, volta a viver em Joinville. Entre 1985 e 1987, desenvolve a sequência de perfis Linguarudos, desenhos e pinturas feitos com gesto rápido, denotando violência e obsessão. Em 1989, apresenta trabalhos tridimensionais e seriados apresentados no Museu de Arte de Joinville, sendo que alguns são instalados em espaços públicos. Participa da 21ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1991, com o projeto Cubo de Luz, escultura feita com um imenso feixe luminoso. Em 2003, é fundado o Instituto Luiz Henrique Schwanke, em Joinville.
Entre os anos 1970 e 1990, por meio de desenhos, pinturas, esculturas e instalações, Schwanke desenvolve uma constante reflexão sobre o lugar da arte no mundo contemporâneo. Ele articula procedimentos característicos da pop art, do conceitualismo e do minimalismo, tais como a citação de obras paradigmáticas na história da arte e a apropriação e criação em série de imagens e objetos industrializados. Também o interesse pela dicotomia entre claro e escuro e pelo papel da luz na delineação de objetos são questões que perpassam sua trajetória.
No conjunto de desenhos e pinturas denominado Linguarudos, produzido na segunda metade dos anos 1980, o artista apresenta centenas de variações de um mesmo perfil masculino enraivecido, com a língua e dentes à mostra, gritando ou vomitando. Alguns são feitos sobre páginas de jornal ou folhas de livros contábeis. Os traços e as pinceladas são explicitamente gestuais, como se não houvesse intermediação entre o impulso que os gerou e a imagem final.
Nessa época, Schwanke começa a produzir obras tridimensionais com a criação em série de objetos plásticos de uso doméstico, como baldes, mangueiras, prendedores de roupa e galões. Como aponta o crítico de arte Harry Laus, nessa série a organização dos elementos configura colunas e relevos de parede que remetem a estruturas arquitetônicas clássicas1. A beleza do design dos objetos é ressaltada pela repetição e por sua ordenação em composições de proporções exatas. Sobretudo as colunas instaladas em espaços públicos, que se destacam pela monumentalidade.
Segundo depoimento do artista, o assunto do claro-escuro nas obras do pintor italiano Michelangelo Caravaggio (1571 - 1610) se torna para ele uma obsessão2, instigando pesquisas que resultam na obra Cubo de Luz, apresentada em 1991, na 21ª Bienal Internacional de São Paulo. Um forte feixe de luz produzido com dezenas de holofotes dispostos abaixo do chão num grande buraco cúbico constitui sua tentativa de dar forma à luz. Nas palavras de Schwanke "o Cubo de Luz tem por paradoxo um volume imaterial, penetrável, visível e de contemplação impossível"3.
1. LAUS, Harry. O vôo maior de Schwanke. In: Museu de Arte de Joinville. Schwanke esculturas. Joinville: Museu de Arte de Joinville, 1989.
2.SCHWANKE, Luiz Henrique. Depoimento. In 21ª Bienal Internacional de São Paulo. Catálogo Geral. São Paulo: Fundação Bienal, Marca D'Água, 1991, p. 297.
3. idem, p. 298.
Reprodução fotográfica Rui Arsego
Reprodução fotográfica Rui Arsego
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica Rui Arsego
Reprodução fotográfica Autoria desconhecida
Reprodução fotográfica Autoria desconhecida
Reprodução fotográfica Rui Arsego
Reprodução fotográfica Rui Arsego
Reprodução fotográfica Rui Arsego
Reprodução fotográfica Rui Arsego
Reprodução fotográfica Rui Arsego
Reprodução fotográfica Rui Arsego
Registro fotográfico do artista
Registro fotográfico do artista
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Teatro Guaíra
Teatro Guaíra
Teatro Guaíra
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Fundação Bienal de São Paulo
Museu de Arte da Pampulha (MAP)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Arte Galeria (Fortaleza, CE)
Museu de Arte Contemporânea do Paraná
Museu de Arte Contemporânea de Americana (MAC)
Fundação Bienal de São Paulo
Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli (Margs)
Fundação Bienal de São Paulo
Instituto Municipal de Arte e Cultura - RioArte
Itaugaleria (Porto Alegre, RS)
Casa de Cultura Mario Quintana
Para citar a Enciclopédia Itaú Cultural como fonte de sua pesquisa utilize o modelo abaixo: