Artigo sobre Vivo Arte.Mov (2010 : Belém, PA)

Pier das 11 Janelas (Belém, PA)
Claudio Manoel Duarte de Souza (Maceió, Alagoas,1959). Pesquisador, professor e artista. Atua desde 1990 com a produção de trabalhos em vídeo – documentários de curta, média e longa duração e de videopoemas.
Inicia a experiência na área de comunicação ao tornar-se bacharel em jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) em 1990. Em 1998, funda o grupo de DJs Pragatecno e, em 2000, o SomBinário – cartografia de pesquisa sobre a música eletrônica do norte e nordeste do Brasil.
Na linha de pesquisa em cibercultura, torna-se mestre em comunicação e cultura contemporânea pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) em 2003. Lidera o Grupo de Estudos e Práticas Laboratoriais em Plataformas e Softwares Livres e Multimeios (Linklivre), localizado na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). O grupo abriga pesquisas sobre o papel da tecnologia na sociedade contemporânea e sua relação com a comunicação, os multimeios, a cibercultura e a produção artística.
Como orientador do LinkLivre, desenvolve o projeto Mapeamento Cartográfico Colaborativo do Recôncavo, premiado em 2011 na 3a edição do Festival Cultura Digital, realizado no Rio de Janeiro. O pesquisador integra também o coletivo Xaréu, grupo de pesquisa de arte eletrônica, fundado em 2011 na Bahia. Além disso, Claudio Manoel é curador e organizador dos festivais Digitália – que acontecem desde 2012 em Salvador –, e do Paisagem Sonora – mostra internacional de arte eletrônica, localizada no Recôncavo Baiano. Ambos os festivais são importantes para a pesquisa de Claudio, uma vez que propõem a descoberta, a crítica, o mapeamento e o incentivo à cultura digital do Recôncavo Baiano em relação a outros cenários artísticos nacionais e internacionais.
Em 2012, é professor convidado da Universidade de Bayreuth (Alemanha), no Instituto de Estudos Africanos. Em produção de vídeo, lança o documentário Mais que Traços e Cores (2014), sobre o artista e arquiteto Roberto Ataíde (1962-1995).
Claudio Manoel participa de festivais e coletivos como produtor, curador e orientador. Essas atividades complementam os trabalhos autorais em vídeo e em arte sonora e digital. As práticas de mediação do conhecimento mesclam-se, de maneira orgânica, com as atividades dos coletivos de que o pesquisador participa.
Dentro de um dos grupos em que atua, o Coletivo Xaréu, Claudio Manoel e os professores de cinema Danillo Barata (1976) e Marina Mapurunga trazem, a partir de 2011, performances que combinam experimentações em tempo real, arte sonora e imagens criadas por meio do vídeo e da fotografia. O coletivo é também responsável pela Paisagem Sonora – mostra internacional de arte eletrônica, criada em 2013, que se pretende uma plataforma de exposição, troca e discussão sobre a cultura digital do Recôncavo Baiano. A mostra tem grande importância pois, além de apresentar ações questionadoras dos limites da imagem e do cinema expandido, dialoga com a criação de políticas culturais para a arte digital brasileira.
Como líder do Linklivre, orienta o projeto Mapeamento Cartográfico Colaborativo do Recôncavo, cujo objetivo é dar visibilidade ao patrimônio imaterial e arquitetônico da região. Realizado em três etapas, o projeto segue com a pesquisa museológica na primeira etapa, a inserção dos dados colhidos em diferentes arquivos e suportes digitais na segunda, e a última etapa consiste em “taggear” (identificar) e aplicar os conteúdos no Open Street Map (OSM), permitindo a contribuição pública e aberta por meio de dispositivos interativos. Deste modo, todas as etapas tornam possível a união dos conhecimentos sobre a memória e trazem à discussão questões sobre plataformas livres que podem ajudar a democratizar e aumentar a participação da comunidade nas dinâmicas da cidade.
Pier das 11 Janelas (Belém, PA)
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