Título da obra: Descanço


Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Sem Título
,
1997
,
Nazareth Pacheco
Reprodução fotográfica Eduardo Ortega
Nazareth Pacheco e Silva (São Paulo, São Paulo, 1961). Artista visual. Cursa artes plásticas na Universidade Presbiteriana Mackenzie, entre 1981 e 1983. Realiza sua primeira mostra individual, no Espaço Cultural Julio Bogoricin, em São Paulo, em 1985. Inicia suas experiências com ready-mades após participar, em 1986, de workshop ministrado por Guto Lacaz (1948). Viaja para Paris em 1987, e freqüenta o ateliê de escultura da École Nationale Supérieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes]. Em 1989, obtém o prêmio aquisição no 11° Salão Nacional de Artes Plásticas, no Rio de Janeiro, e participa da 20ª Bienal Internacional de São Paulo. Entre 1990 e 1991, participa de workshops com Iole de Freitas (1945), Carmela Gross (1946), José Resende (1945), Amilcar de Castro (1920-2002), Nuno Ramos (1960) e Waltercio Caldas (1946). Defende na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) a dissertação Objetos Sedutores, com orientação de Carlos Fajardo (1941) em 2002. É lançado o documentário sobre sua obra Gilete Azul, realizado pela psicanalista Miriam Schnaiderman, em 2003.
Nazareth Pacheco, desde o início de sua trajetória, volta-se ao campo tridimensional. Suas primeiras peças são realizadas em borracha, e apresentam pinos pontiagudos do mesmo material. Para o historiador da arte Tadeu Chiarelli, elas já revelam uma carga de agressividade, por sua semelhança com objetos de tortura.
Em 1992 e 1993, a artista realiza os Objetos Aprisionados, compostos por uma série de caixas que contêm objetos e documentos de caráter autobiográfico, alguns relativos a tratamentos médicos e estéticos a que ela esteve submetida, reunindo fotos, radiografias, relatórios, frascos e chumbo. Segundo a estudiosa Elizabeth Leone, nos anos seguintes sua reflexão extrapola a questão pessoal e passa a considerar o corpo feminino como lugar de práticas médicas que visam adaptá-lo a "aprimoramentos estéticos".
No final da década de 1990, a artista começa a agregar metais, como filetes de aço, cobre e latão, aos trabalhos em borracha. Passa a confeccionar peças com objetos que não podem ser tocados, unindo miçangas ou cristais de vidro a agulhas, lâminas de bisturis ou de barbear e anzóis, criando com eles adornos e vestimentas. Inicia também as pesquisas com um novo material, o acrílico cristal, projetando objetos como bancos ou berços, aos quais agrega instrumentos cortantes ou perfurantes.
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Registro fotográfico Romulo Fialdini
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução fotográfica Eduardo Ortega
Reprodução fotografica Romulo Fialdini
Registro fotográfico Cia de Foto
Reprodução fotográfica Eduardo Ortega
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
Registro fotográfico Romulo Fialdini
Registro fotográfico autoria desconhecida
Registro fotográfico Cia de Foto
Registro fotográfico autoria desconhecida
Nazareth Pacheco - Enciclopédia Itaú Cultural
Desde suas primeiras criações, Nazareth Pacheco realiza obras tridimensionais, utilizando objetos como borracha preta vulcanizada, tiras de latão e látex que revelam uma carga de agressividade. Essa pesquisa de materiais reflete questões autobiográficas, relacionadas ao corpo da artista. “Alguns processos cirúrgicos e estéticos aos quais fui submetida acabaram demonstrados na terceira fase do meu trabalho”, explica ela, em referência a um mal congênito que a obriga a passar por diversas intervenções cirúrgicas e estéticas ao longo da vida. Dessa maneira, temas como beleza, feminilidade e aspectos físicos permeiam obras como a série de colares, vestidos e saias, na qual ela lida com a sedução e a agressividade, ao produzir peças de adorno com gilete, lâmina de lancetar e agulhas. “Falo desse meu mal-estar com o corte e a perfuração, ao mesmo tempo em que tento dar a isso um olhar sedutor”, diz.
Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)
Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi
AB-OHM Galeria de Arte
Fundação Bienal de São Paulo
Casa da Cultura de Ribeirão Preto
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Fundação Bienal de São Paulo
Itaugaleria (Ribeirão Preto, SP)
Itaugaleria
Itaugaleria (Avenida Higienópolis, São Paulo, SP)
Museu de Arte Contemporânea de Americana (MAC)
Instituto de Arquitetos do Brasil. Departamento de São Paulo (São Paulo, SP)
Fundação Bienal de São Paulo
Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Itaugaleria (Brasília, DF)
Itaugaleria (Goiânia, GO)
Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Itaugaleria (Vitória, ES)
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
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