Título da obra: O Abraço


Pau-de-Sebo
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s.d.
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GTO
Biografia
Geraldo Teles de Oliveira (Itapecerica MG 1913 - Divinópolis MG 1990). Escultor. GTO, como é conhecido Geraldo Teles de Oliveira, vem de uma família pobre. Ele exerce ocupações de trabalhador rural, fundidor e vigia noturno antes de dedicar-se à escultura. Realiza a primeira individual em 1967, na Galeria Guignard, em Belo Horizonte. A partir de então, participa de importantes coletivas no Brasil e no exterior, como Biennale Formes Humaines, Musée Rodin, Paris, em 1974; 13ª Bienal Internacional de São Paulo - Sala Especial, em 1975; e Bienal de Veneza, Itália, em 1980. O artista aborda temas regionais como as festas religiosas e as danças do interior de Minas Gerais. Sua obra é tema de livro de Lélia Coelho Frota, Mitopoética de 9 Artistas Brasileiros, de 1978, e de filmes como A Árvore dos Sonhos, de Carlos Augusto Calil, produzido para a 42ª Bienal de Veneza. Em 1995, é realizada a retrospectiva Cinco Anos sem Novos Sonhos de GTO, em Belo Horizonte. Sua produção tem sido exposta em coletivas como Arte Popular: Mostra do Redescobrimento, em 2000, e Pop Brasil: Arte Popular e o Popular na Arte, em 2002.
Comentário crítico
GTO, como prefere ser conhecido o escultor Geraldo Teles de Oliveira, é originário de uma família pobre. Trabalhando como guarda noturno, o artista tem visões, nas quais as esculturas que deveria realizar lhes são mostradas. Como nota o crítico Roberto Pontual, sem nunca ter feito qualquer trabalho de escultura, o artista começa, em torno de 1965, a desbastar grandes peças de madeira.
Emprega constantemente o cedro-vermelho, a maçaranduba-amarela e o vinhático. Em suas obras, parte da figura humana, utilizada de forma esquemática e repetida, em estruturas geométricas, como o retângulo e o círculo. Usando freqüentemente o formão e o canivete, escava a madeira com energia e precisão. Cria efeitos surpreendentes, explorando os cheios e vazios e o ritmo conferido pela sucessão de figuras em suas obras.
Os personagens possuem, muitas vezes, traços e indumentárias populares e também lembram ex-votos. São utilizados para preencher todo o interior de peças como as rodas mágicas ou mandalas, que o artista denomina Rodas-Vivas. Ainda segundo Pontual, em seus blocos escultóricos, GTO associa o registro de fontes populares com a emergência de arquétipos do inconsciente coletivo.
Em suas esculturas, o artista aborda temas variados, como as festas religiosas e as danças do interior de Minas Gerais. GTO é o precursor de um estilo e uma prática da escultura em madeira que passam a ser realizados por toda uma série de artistas que atuam na região de Divinópolis, em Minas Gerais. Como nota ainda Pontual, sua produção final passa por inevitáveis simplificações, sofrendo uma atenuação da complexidade de seu registro simbólico.
Fundação Bienal de São Paulo
Museu de Arte da Pampulha (MAP)
Galeria da Collectio
Museu Nacional de Belas Artes
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)
Fundação Clóvis Salgado. Companhia de Dança de Minas Gerais (Belo Horizonte)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ)
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)
Fundação Bienal de São Paulo
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp)
Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes
Galeria Jacques Ardies
Museu Nacional de Belas Artes
Espaço Cultural SOS Sul
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina_)
Centro Cultural de Belo Horizonte
Centro Cultural Light
Fundação Bienal de São Paulo
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