Acervo Banco Itaú
![Descobrimento do Brasil, 1918 [Obra]](http://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/uploads/2000/01/006114001013.jpg)
Descobrimento do Brasil, 1918
Hélios Seelinger
Óleo sobre tela
227,00 cm x 168,00 cm
Texto
O Acervo Banco Itaú, considerado a maior coleção corporativa de arte da América Latina, é composto de obras de artes visuais, literatura, audiovisual e arte e tecnologia, que totalizam mais de 15 mil itens.
A primeira obra do Acervo, Povoado numa Planície Arborizada (século XVI), do pintor holandês Frans Post (1612-1680), é adquirida na década de 1960, pelo empresário Olavo Egydio Setúbal (1923-2008), e dá início a uma coleção que representa a identidade brasileira. A partir de 1987, a coleção passa para a gestão do Itaú Cultural (IC).
Desde o ano 2000, o Acervo conta também com a Coleção Brasiliana, que ganha, em 2014, o Espaço Olavo Setubal, ocupando de forma permanente dois andares no Itaú Cultural, com mais de 1.300 obras que também abarcam itens da Coleção Numismática, composta de moedas, condecorações e medalhas raras que fazem parte da história brasileira, expostas até 2009 em um espaço dedicado a ela, também no prédio do IC. No Acervo, essas coleções encontram-se com obras de arte moderna e contemporânea, desenhando um panorama histórico da produção artística no Brasil, por meio de diferentes perspectivas.
Da Coleção Brasiliana, o Acervo conta com registros de artistas viajantes que conheceram o Brasil através de missões artísticas trazidas ao Brasil por Dom João VI, como Jean-Baptiste Debret (1768-1848), que deixa seu olhar sobre cenas urbanas da sociedade brasileira em construção, presente na obra Uma Senhora Brasileira em Seu Lar (1823), e do cotidiano da Corte portuguesa no Rio de Janeiro, como na obra Casamento de D. Pedro e D. Amélia (1829).
Na produção moderna e contemporânea, o Acervo traz artistas da fotografia, muitos deles ligados ao Foto Cine Clube Bandeirante, como Geraldo de Barros (1923-1998) e Madalena Schwartz (1921-1993), além de representantes da escultura, como Amilcar de Castro (1920-2002), da pintura, como Georgina de Albuquerque (1885-1962), e da gravura, como Wesley Duke Lee (1921-2010). A literatura também está presente no Acervo com as primeiras edições de clássicos brasileiros como O Ateneu (1888), de Raul Pompéia (1863-1895), e O Quinze (1930) de Raquel de Queiroz (1910-2003).
Vídeos e filmes de artistas e arte cibernética completam as obras, com seus representantes do audiovisual e da videoarte, além de produções voltadas para as artes tecnológica e digital, apresentadas ao público por meio de mostras como Emoção Art.ficial e Consciência Cibernética.
Em 2018, comemorando os 30 anos do Instituto Itaú Cultural, a Oca, no Parque Ibirapuera, recebe a exposição Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos, com curadoria de Paulo Herkenhoff (1949), Thais Rivitti (1978) e Leno Veras (1986), que trabalham ao longo dos quatro andares expositivos cerca de 800 obras do Acervo para desenhar conexões e diálogos entre artistas de diferentes épocas, sem que haja uma preocupação com a cronologia das produções. Pensada como uma constelação de obras e de seus artistas, a exposição propõe percursos livres para que os visitantes construam narrativas sobre os fazeres artísticos brasileiros por meio de diferentes contextos sociais, políticos e estéticos.
As obras do Acervo também podem ser vistas em diferentes prédios do conglomerado do Banco Itaú, como o Centro Empresarial Itaú Conceição, na Zona Sul de São Paulo, além de exposições itinerantes que levam recortes da coleção para diferentes instituições brasileiras, como o Centro Cultural Dragão do Mar, em Fortaleza, e o Instituto Iberê Camargo, em Porto Alegre.
O Acervo Banco Itaú, por meio dos esforços do Itaú Cultural em sua manutenção e divulgação, leva ao público variadas perspectivas sobre a história do Brasil, além de possibilitar a difusão da arte brasileira e contribuir com o debate crítico sobre contextos sociais e políticos que constroem diferentes estéticas e técnicas que compõem o fazer artístico no Brasil.
Obras 1881
Sem título
#223, Jacaranda Brasiliana, boca-de-sapo
11.015 [Série Carbon Heritage]
11.021 [Série Carbon Heritage]
11/94
Fontes de pesquisa 4
- Espaço Olavo Setubal - coleção. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: https://www.itaucultural.org.br/espaco-olavo-setubal/colecao. Acesso em: 12 mar. 2021.
- ITAÚ guarda obras de arte que revelam cinco séculos de história brasileira. Itaú, 13 set. 2011. Disponível em: https://www.itau.com.br/sobre/memoria/itau-guarda-obras-de-arte-que-revelam-cinco-seculos-de-historia-brasileira.html. Acesso em: 12 mar. 2021.
- MODOS de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento642868/modos-de-ver-o-brasil-itau-cultural-30-anos>. Acesso em: 12 de Mar. 2021. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7.
- MODOS de ver o Brasil: Itaú Cultural 30 anos. São Paulo: Itaú Cultural. 2021. Disponível em: https://www.itaucultural.org.br/modos-de-ver-o-brasil-itau-cultural-30-anos#:~:text=A%20exposi%C3%A7%C3%A3o%20Modos%20de%20Ver,de%20arte%20do%20Ita%C3%BA%20Unibanco. Acesso em: 13 mar. 2021.
Como citar
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ACERVO Banco Itaú.
In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022.
Disponível em: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/instituicao243830/acervo-banco-itau. Acesso em: 04 de julho de 2022.
Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7