Artigo sobre Nau de Ícaros

Histórico
A Companhia Cênica Nau de Ícaros promove a pesquisa de uma linguagem cênica que alia circo, música, vídeo, teatro e performance em interação com a arte popular brasileira através de criação de espetáculos, realização de eventos e um projeto de formação em técnicas circenses.
O grupo nasce entre alunos do Circo Escola Picadeiro. O núcleo surge a partir da montagem de Nau de Ícaros, uma criação colaborativa com direção de Sérgio Coelho, em 1993, dentro da lona do Circo. No ano seguinte, o espetáculo é adaptado para palco italiano, percorrendo os teatros municipais de São Paulo.
Ainda em 1994, o grupo cria o espetáculo Sob o Céu, outra criação colaborativa com direção de Marco Vettore. Juntamente com os Parlapatões, Patifes & Paspalhões realizam o espetáculo de rua Zerói, texto e direção de Hugo Possolo, no Sesc Ipiranga, em 1995. Neste mesmo ano, a companhia participa da ópera Os Pescadores de Pérolas, no Teatro Municipal de São Paulo, com encenação de Naum Alves de Souza. Em 1997, lançam o espetáculo O Pallácio não Acorda, com roteiro também de Naum, texto de Paulo Rogério Lopes e direção de Leopoldo Pacheco, arrebatando 5 Prêmios Mambembe (ator coadjuvante, direção, texto, melhor espetáculo e categoria especial - técnicas circenses), 2 Coca-Cola (figurino e iluminação) e 2 APCA (ator e cenário).
Em 1998, surge o espetáculo Quase Uma..., outra direção de Marco Vettore, que alia circo, música e vídeo, realizado em parceria com o Bloco do Baque Bolado, grupo de percussionistas pesquisadores da cultura brasileira. Em homenagem à arquiteta Lina Bo Bardi, a companhia cria, em 1999, O Casamento de Lina, utilizando como cenário a grandiosa obra da arquiteta, especialmente para o Sesc Pompéia.
Em 2000, a Nau de Ícaros faz uma homenagem ao circo tradicional e seus bastidores em O CirCo. No mesmo ano, o conjunto estréia o espetáculo de rua NauHumoricos, com esquetes de circo tradicional atualizados sob a ótica do Novo Circo. Em 2001, é a vez de AnimaAção, uma intersecção de diversas linguagens artísticas como teatro, dança, música e cinema. No ano de 2002, por encomenda do Banco Real, realiza o espetáculo E agora..., apresentado em diversas escolas da capital paulista. Em 2003, a companhia implanta o Projeto Fronteiras, que culmina no espetáculo Fronteiras, com subvenção da Lei de Fomento ao Teatro da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. O infanto-juvenil Percival, mostra a diversidade de linguagem proposta pela companhia.
O núcleo de cursos da Nau de Ícaros trabalha com crianças, pré-adolescentes e adultos. Além das aulas de circo, em que se incluem cursos de ginástica acrobática e oficina de palhaço, existem aulas de dança e consciência corporal, de música e de Maracatu.
A Nau de Ícaros tem também uma central de eventos que, além de realizar apresentações institucionais de naturezas diversas, que podem ser encenadas em espaços não convencionais e em locais fechados, vem realizando uma festa chamada Ultréya, que, a cada nova edição, cria uma proposta artística diferente, resultado da pesquisa em romper fronteiras, numa mistura de linguagens que conciliem as artes diversas sob a ótica do novo circo.
Entre seus fundadores e integrantes constam Marco Vettore, Álvaro Barcellos, Beatriz Evrard, Celso Reeks, Erica Rodrigues e Leca Doretto.
A Nau de Ícaros é um dos núcleos representativos do Novo Circo em São Paulo, tendo conexões diretas com os grupos Intrépida Trupe, Acrobáticos Fratelli, Parlapatões, Patifes e Paspalhões e Circo Mínimo.
Itaú Cultural
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