Artigo sobre Marginal

Reprodução Fotográfica Horst Merkel
Análise Lavoura Arcaica (1975), de Raduan Nassar (1935) , tem lugar cativo entre os grandes romances da literatura brasileira. Apesar da dificuldade crítica de enquadrá-lo do ponto de vista estilístico e histórico, o romance tem leitores fiéis, responsáveis pelo sucesso incomum na literatura nacional, com várias edições e uma adaptação para o cinema. A postura discreta do autor, retirado
Capão Pecado (2000) é o segundo livro publicado pelo escritor Ferréz (1975) e sua estreia no gênero de prosa ficcional. Lançado no contexto de uma hesitante abertura editorial para a literatura produzida fora do campo canônico literário brasileiro, o romance é um marco da literatura marginal. Ao retratar a realidade do Capão Redondo, bairro da periferia da cidade de São Paulo, Ferréz constrói
Análise O Gênio do Crime: Uma História em São Paulo , de 1969, é o livro de estreia de João Carlos Marinho (1935) e considerado pela crítica um marco da renovação da literatura infantojuvenil brasileira. Marinho, a exemplo de Lygia Bojunga Nunes (1932) , é um dos expoentes da geração de escritores que, seguindo Monteiro Lobato (1882-1948) , têm na literatura voltada a crianças e
Organizada em 1961 pelo próprio autor, a coletânea A vida como ela é... reúne cem textos publicados na coluna homônima que Nelson Rodrigues (1912-1980) mantinha, desde 1951, no jornal Última Hora . Chamadas de crônicas, as narrativas não têm como matéria-prima direta as notícias, embora os enredos se assemelhem ao noticiário policial. Tais características lhes conferem certa ambiguidade de
Primeiro romance do escritor amazonense Márcio Souza (1946) , Galvez, Imperador do Acre é publicado em 1976 pela Fundação Cultural do Estado do Amazonas. Trata-se de um folhetim histórico-farsesco baseado na vida de Luis Gálvez Rodríguez de Arias (1864-1935), aventureiro espanhol que se envolveu com as disputas em torno da posse do território do Acre, no final do século XIX. Originalmente
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Análise Crônica da Casa Assassinada (1959) é a obra máxima do romancista, poeta e dramaturgo Lúcio Cardoso (1913-1968) . De acordo com o pesquisador Mario Carelli (1951-1994), pode-se dizer que o “percurso humano e artístico” de Cardoso “desemboca” nesse romance.Trata-se do ápice da trajetória iniciada em 1934, com Maleita , afinado com a tendência regionalista dominante na época.
Análise Quarto de despejo: diário de uma favelada é a primeira e mais conhecida obra da escritora Carolina Maria de Jesus. O impacto causado pelo diário na mídia e em setores do meio literário nacionais deve-se, sobretudo, à experiência social narrada como testemunho pela autora. Nascida em Sacramento, Minas Gerais, Carolina Maria de Jesus transfere-se para São Paulo em 1937, onde trabalha
Análise Ignácio de Loyola Brandão (1936) estreia na literatura com o livro de contos Depois do Sol (1965). Zero (1975) é o segundo romance do escritor, publicado após Bebel que a Cidade Comeu (1968). Em Bebel, inicia-se a experimentação formal, o diálogo com a realidade histórica e social do Brasil dos anos 1970 e a criação do arcabouço documental de Zero . A
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Publicada em 1928, Macunaíma é considerada uma das obras mais importantes de Mário de Andrade (1893-1945) . A história do “Herói sem Nenhum Caráter” (subtítulo) condensa boa parte do ideário do primeiro modernismo brasileiro. O movimento inicia-se com a Semana de Arte Moderna de 1922, da qual Mário de Andrade é um dos principais expoentes. Na década de 1920, publica livros
A Habitat: Revista de Artes no Brasil colabora para a consolidação do campo cultural paulistano num momento em que a atividade crítica ainda é incipiente. Lançada em outubro de 1950 e dedicada às artes plásticas, ao teatro, à dança, à fotografia, ao cinema, à música, ao design e à arquitetura, é um veículo privilegiado para acompanhar os debates e dilemas da produção cultural brasileira até
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Vidas Secas (1938) é um livro do escritor alagoano Graciliano Ramos (1892-1953) , considerado por parte da crítica literária como sua obra-prima e como ponto culminante do Romance de 30, produção ficcional que, entre as décadas de 1930 e 1940, tematiza as carências das regiões menos desenvolvidas do Brasil. Com seus recursos narrativos, o livro elabora um retrato contundente dos