Título da obra: Série Paisagens Cariocas, Ivone, Copacabana


Registro Fotográfico Sérgio Guerini/ Itaú Cultural
Cigarro Fumado na Última Hora do Dia 1o. de Fevereiro de 1970
,
1975
,
Luiz Alphonsus
Reprodução fotográfica Paulo Scheuenstuhl
Luiz Alphonsus de Guimaraens (Belo Horizonte, Minas Gerais, 1948). Artista multimídia. Em 1955, muda-se para o Rio de Janeiro e, em 1961, para Brasília, onde começa a atividade artística. Integra o grupo formado por Cildo Meireles (1948), Guilherme Vaz (1948) e Alfredo Fontes. Em 1967, participa do 4º Salão de Arte Moderna do Distrito Federal. De volta ao Rio, participa do Salão da Bússola, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), em 1969, com a obra Túnel. Um ano depois, na exposição Do Corpo à Terra, organizada pelo crítico de arte Frederico Morais (1936), no Parque Municipal de Belo Horizonte, apresenta Napalm.
Na 11ª Bienal Internacional de São Paulo (1971), faz a instalação Dedicado à Paisagem de Nosso Planeta. No mesmo ano, ao lado de Frederico Morais e Cildo Meireles, funda a Unidade Experimental do MAM/RJ. Nesse museu, em 1977, apresenta a exposição individual Coração (7/7/77). Em 1979, filma Nilton Bravo, documentário de curta-metragem sobre o pintor de painéis de bares. Em 1980, lança o livro Bares Cariocas. Em 1986, participa da exposição Depoimento de uma Geração, 69-70, na Galeria Banerj, Rio de Janeiro.
De 1993 a 1998, atua como diretor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage), na capital carioca. Apresenta duas individuais no Paço Imperial, Rio de Janeiro: Infinitas Imagens no Tempo (1995) e Cósmicas Paisagens/Falsas Paisagens (2001). Em 2005, apresenta outra individual no MAM/RJ, Luiz Alphonsus 2005/1974, 31 Anos na Coleção Gilberto Chateaubriand.
A cidade de Brasília determina a ligação do trabalho de Luiz Alphonsus com a paisagem e a fotografia: “Brasília fez nossa cabeça. Havia uma ligação cósmico-planetária com a cidade (...)”1, diz o artista.
Muda-se para o Rio de Janeiro em momento de ebulição política no país. Em 1967, há a ameaça de censura ao 4º Salão de Arte Moderna do Distrito Federal. Entre 1968 e 1969, a 2ª Bienal Nacional de Artes Plásticas, no Museu de Arte Moderna da Bahia, e a mostra dos artistas que iriam participar da Bienal de Paris, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro sofrem intervenção do governo militar. Artistas nacionais e estrangeiros boicotam a 10ª Bienal Internacional de São Paulo (1969) em protesto contra a ditadura.
O trabalho do artista reflete essas tensões. No Salão da Bússola, de 1969, realizado no MAM/RJ, propõe que dois grupos de pessoas atravessem um túnel ao mesmo tempo: um por cima, o outro por baixo. Os registros sonoros e fotográficos do evento são apresentados como Túnel/Desenho ao Longo de Dois Planos. Na mostra Do Corpo à Terra, incendeia com napalm uma faixa de plástico de 15 metros estendida sobre a grama do Parque Municipal de Belo Horizonte. O objetivo é: “marcar o chão, deixar um rastro de arte no planeta”2. No livro Bares Cariocas (1980), fotografa botequins da cidade e escreve um diário sobre a experiência. Em depoimento de 1986, reflete a decepção de sua geração por não unir o estético e o político: “[...] o pensamento como arte levou ao esgotamento. Por isso, acho que a rebeldia como forma de arte não dá mais [...]”3.
1 COCCHIARALE, Fernando. Entre o cósmico e a cosmos pólis. Disponível em: < https://www.luizalphonsus.com.br/entre-o-csmico-e-a-cosmos-plis >. Acesso em: 24 jun. 2009.
2 MORAIS, Frederico. Do corpo à terra. In FERREIRA, Glória (org.). Crítica de arte no Brasil: temáticas contemporâneas. Rio de Janeiro: Funarte, 2006, p. 198.
3 ROELS Jr., Reynaldo; SANTOS, Joaquim Ferreira dos. A arte do AI-5 hoje. In: FERREIRA, Glória (Org.). Crítica de arte no Brasil: temáticas contemporâneas. Rio de Janeiro: Funarte, 2006, p. 185.
Registro Fotográfico Sérgio Guerini/ Itaú Cultural
Reprodução fotográfica Paulo Scheuenstuhl
Teatro Nacional Cláudio Santoro
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Parque Municipal de Belo Horizonte (Belo Horizonte, MG)
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
Galeria Ibeu Copacabana (Rio de Janeiro, RJ)
Espaço Grife (São Paulo, SP)
Petite Galerie
Museu de Arte Contemporânea José Pancetti (MACC)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Escola de Artes Visuais do Parque Lage
Fundação Bienal de São Paulo
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Barbican Art Gallery
Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
Galeria de Arte Banerj
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