Título da obra: Assimetria Resultante de Deslocamentos Simétricos


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Sem Título
,
1986
,
Rubem Ludolf
Biografia
Rubem Mauro Cardoso Ludolf (Maceió AL 1932 - Rio de Janeiro 2010). Pintor, arquiteto, paisagista. Forma-se pela Escola Nacional de Arquitetura da Universidade Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, em 1955. Nessa época, freqüenta as aulas de Ivan Serpa (1923-1973) no curso livre de pintura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). Participa do Grupo Frente a partir de 1955. Integra-se ao movimento concretista, entre 1956 e 1957. Paralelamente a sua atividade como artista plástico, Rubem Ludolf atua como arquiteto, entre 1954 e 1990, no Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), dedicando-se principalmente ao paisagismo. Participa de cinco edições da Bienal Internacional de São Paulo, entre 1955 e 1967, recebendo o prêmio aquisição dessa última; é um dos integrantes da sala especial Arte Construída: homenagem a Waldemar Cordeiro, exibida na 12ª edição da mostra, em 1973.
Comentário Crítico
Na metade da década de 1950, Rubem Ludolf cria obras abstrato-geométricas, nas quais explora as estruturas seriadas, o ritmo e os efeitos óticos, como ocorre em Assimetria Resultante do Deslocamento Simétrico, 1955 ou em Quase Quadrado, 1957. Em Ritmo, 1958, a estrutura é dada pela linha, pela superposição dos planos e por elementos que tendem ao signo gráfico. Na década de 1960, passa a substituir o rigor concretista por uma pintura caracterizada por pinceladas que constroem tramas de cor. Na opinião do crítico Roberto Pontual, é pela cor que tudo começa na obra de Rubem Ludolf, aspecto pelo qual sua produção revela afinidades com o neoconcretismo, apesar de ter sido circunstancialmente ligado ao concretismo paulista, entre 1956 e 1957.
O artista cria campos de forças onde os elementos, dispostos dinamicamente, se atraem em jogos de equivalências visuais. Em sua produção ocorre a rigorosa ordenação de formas e um apurado cromatismo, que estimulam a percepção visual do espectador.
Como nota o crítico Mário Pedrosa (1900-1981), em 1965, seus trabalhos são de grande delicadeza tonal, com tramas que se superpõem a ponto de formar, em certas telas, um terceiro plano, posterior. São essas tramas que caracterizam particularmente seu trabalho. Para o crítico Frederico Morais, as Tramas resultam de uma interligação de escritas ou de signos gráficos superpostos, que formam tessituras, nas quais explora os jogos de profundidade e vazio. O próprio movimento do espectador diante dos quadros, aproximando-se ou distanciando-se, cria novas vibrações cromáticas e novas descobertas para o olhar.
Na definição do próprio artista, seu trabalho consiste em "pintar a tela em branco como quem escrevesse com a cor, formando frases em pinceladas ordenadas ora num sentido, ora noutro, nunca a esmo. Continuar pintando (escrevendo) até que as tramas, labirintos, claro-escuros, signos tomem forma e comecem a respirar".1 No fim da década de 1980, sua obra volta a apresentar características construtivas, em cujas telas a ordenação cromática ocorre por meio de faixas horizontais.
Notas
1 Citado em LUDOLF, Rubem. Rubem Ludolf: Rio de Janeiro: Galeria de Arte Centro Empresarial Rio, 1987; p. n. numeradas.
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini/Itaú Cultural
Galeria Ibeu Copacabana (Rio de Janeiro, RJ)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Itatiaia Country Club (Resende, RJ)
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Galeria de Artes das Folhas (São Paulo, SP)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Fundação Bienal de São Paulo
Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
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