Título da obra: A Patronesse e Mais uma Campanha Paliativa


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Sonhos dos 24 Anos
,
1966
,
Carlos Vergara
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Carlos Augusto Caminha Vergara dos Santos (Santa Maria, Rio Grande do Sul, 1941). Gravador, fotógrafo e pintor. Na década de 1950, transfere-se para o Rio de Janeiro, e, paralelamente à atividade de analista de laboratório, dedica-se ao artesanato de jóias, que são expostas na 7ª Bienal Internacional de São Paulo em 1963. Nesse mesmo ano, volta-se para o desenho e a pintura, realizando estudos com Iberê Camargo (1914-1994). Participa das mostras Opinião 65 e 66, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). Em 1967, é um dos organizadores da mostra Nova Objetividade Brasileira, que procura fazer um balanço da vanguarda brasileira. Atua ainda como cenógrafo e figurinista de peças teatrais. Nesse período, produz pinturas figurativas, que revelam afinidades com o expressionismo e a arte pop. Durante a década de 1970, utiliza a fotografia e filmes Super-8 para estabelecer reflexões sobre a realidade. O carnaval passa a ser também objeto de sua pesquisa. Atua ainda em colaboração com arquitetos, realizando painéis para diversos edifícios, empregando materiais e técnicas do artesanato popular. Em 1972, publica o caderno de desenhos Texto em Branco, pela editora Nova Fronteira. Durante os anos 1980, volta à pintura, produzindo quadros abstratos geométricos, nos quais explora, principalmente, tramas de losangos que determinam campos cromáticos. Desde o fim dos anos 1980, emprega pigmentos naturais e minérios, com os quais produz a base para trabalhos em superfícies diversas. Em 1997, realiza a série Monotipias do Pantanal, na qual explora o contato direto com o meio natural, transferindo para a tela texturas de pedras ou folhas, entre outros procedimentos.
Ainda jovem Carlos Vergara começa a trabalhar com cerâmica, e no início da década de 1960, faz jóias de prata e cobre. Mostra 13 dessas peças na 7ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1963. Nesse ano, inicia curso de desenho e pintura com Iberê Camargo, e produz, até 1967, pinturas figurativas, com pinceladas ágeis e traço caricatural, além de um tratamento expressionista. O crítico de arte Paulo Sérgio Duarte compara esses trabalhos às pinturas do Grupo CoBrA, de artistas como Acir Juram (1914-1973) e Karel Appel (1921-2006), pelo "culto à liberdade expressiva, apropriação do desenho infantil, elogio do primitivo e do louco".1 Em 1965, participa da mostra Opinião 65 com estes três trabalhos: O General, Vote e Patronesse.
A partir de 1966, Vergara incorpora à sua base expressionista ícones gráficos e elementos da arte pop. Ele faz seus primeiros trabalhos de arte aplicada, como o mural para a Escola de Saúde Pública de Manguinhos e a cenografia para o grupo de teatro Tablado, ambos no Rio de Janeiro, em 1966. Em 1968, passa a pintar sobre superfícies de acrílico, fazendo desaparecer as marcas artesanais de sua prática pictórica. No mesmo ano, explora novas linguagens e mostra o ambiente Berço Esplêndido, na Galeria Art Art, em São Paulo. O trabalho combina as investigações sensoriais de artistas como Hélio Oiticica (1937-1980) com a denúncia política.
Desde a década de 1980, Vergara dedica-se mais decididamente à pintura. Utiliza em seus trabalhos pigmentos naturais, retirados de minérios, materiais que também usa na produção de monotipias, muitas delas realizadas em ambientes naturais, como o Pantanal Mato-Grossense.
1 DUARTE, Paulo Sérgio. Carlos Vergara. Rio de Janeiro: Santander Cultural, 2003. p. 94.
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução fotográfica Vicente de Mello
Reprodução fotográfica Romulo Fialdini
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Carlos Vergara - Enciclopédia Itaú Cultural
O gaúcho Carlos Vergara entende o fazer artístico como a tentativa de promover o surgimento de uma obra que, nesse processo, crie sua própria justificativa de estar no mundo. “A grande vantagem disso é que, se o artista erra, não tem muita importância. Mas, se um artista acerta, pode ter importância, na medida em que é uma contribuição para a educação do olhar”, diz ele. As viagens e o contato com objetos e temas primitivos estão entre os motivos que desencadeiam seu processo criativo. A arte, para Vergara, surge do instinto humano de se revelar e se compreender e da capacidade do homem de se emocionar com aquilo que ele mesmo pode produzir. “Você faz [arte] para se sentir vivo”, conclui.
Produção: Documenta Vídeo Brasil
Captação, edição e legendagem: Sacisamba
Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada)
Locução: Júlio de Paula (terceirizado)
Teatro Opinião
Teatro Opinião
Instituto de Arte Contemporáneo (Lima, Peru)
Fundação Bienal de São Paulo
Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ)
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ)
Fátima Arquitetura (Rio de Janeiro, RJ)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ)
Galeria G4 (Rio de Janeiro, RJ)
UFMG. Reitoria (Belo Horizonte, MG)
Atrium (São Paulo, SP)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ)
Convento de Nossa Senhora do Carmo. Igreja (Salvador, BA)
Galeria Ibeu Copacabana
Museu de Arte da Pampulha (MAP)
Petite Galerie
Fundação Bienal de São Paulo
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