Título da obra: Auto-Pista


Reprodução fotográfica autoria desconhecida
A Volta do Mar
,
1996
,
Barrão
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Jorge Velloso Borges Leão Teixeira (Rio de Janeiro RJ 1959). Desenhista, pintor, escultor, artista multimídia. Autodidata, inicia sua carreira artística com o Grupo Seis Mãos, 1983-1991, formado com Ricardo Basbaum e Alexandre Dacosta. O grupo desenvolve atividades com vídeo, pinturas ao vivo, shows musicais e performances e promove o projeto Improviso de Pintura e Música, em ruas, praças públicas, faculdades etc. A primeira exposição dos três artistas tem lugar em 1983, no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Nesse ano, Barrão participa das mostras Arte na Rua I e Pintura! Pintura!, ambas na mesma cidade. Em 1984, realiza a primeira individual, Televisões, na Galeria Contemporânea, e participa da coletiva Como Vai Você, Geração 80?, realizada na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage, no Jardim Botânico, Rio de Janeiro. Recebe o Prêmio Brasília de Artes Plásticas, no Museu de Arte de Brasília, em 1990. Realiza, com Sandra Kogut, os vídeos 7 Horas de Sono e A Geladeira. Faz ainda vinhetas eletrônicas para televisão, trabalhos de cenografia e capas de discos. Cria, em parceria com o artista Luiz Zerbini, o editor de vídeo e cinema Sérgio Mekler e o produtor musical Chico Neves, o grupo Chelpa Ferro, em 1995, que trabalha com escultura, instalações tecnológicas e música eletrônica.
A obra de Barrão orienta-se pela lógica da bricolagem: trata-se do reaproveitamento de restos e sucatas, conferindo-lhes novos sentidos. Desligados de seus contextos e usos originais, os objetos reaparecem transformados, embora tragam a memória do passado. Assim, itens cotidianos e domésticos (televisor, geladeira, brinquedo, liquidificador, bacia, fogão e outros) figuram como peças de composições diversas, ainda que teimem em permanecer o que são: televisor, porta de geladeira, toca-disco etc. Grade de ventilador sobre pista de autorama, Autopista, 1987; bonecos de plásticos e motor de vitrola sobre porta de geladeira, 1989; escada de metal apoiada sobre carrinhos de ferro, 1992; estes são alguns engenhos do artista. Um impulso lúdico e infantil parece animar toda essa produção; é possível identificar nela o espírito curioso do menino cuja brincadeira é desmontar os objetos, ver como são feitos para, a partir daí, arriscar novas construções, indica o crítico Márcio Doctors. Diante dos resultados dessas operações de encaixe e desencaixe, não há como deixar de perceber a crítica implícita à sociedade contemporânea. O riso primeiro, inevitável, dá lugar, em seguida, a certa melancolia provocada pela identificação das peças desgastadas, parte de um mundo familiar, não tão distante, mas já completamente passado, morto.
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica José Maria Palmieri
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Reprodução fotográfica autoria desconhecida
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Fundação Casa de Rui Barbosa
Galeria Contemporânea
Escola de Artes Visuais do Parque Lage
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Galeria do Centro Empresarial Rio (Rio de Janeiro, RJ)
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP)
Espaço Capital Arte Contemporânea
Subdistrito Comercial de Arte (São Paulo, SP)
Funarte. Galeria Rodrigo Mello Franco de Andrade (Rio de Janeiro, RJ)
Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes
Espaço Cultural Sérgio Porto
Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
Galeria H. Stern (Rio de Janeiro, RJ)
Fundação Bienal de São Paulo
Fundação Bienal de São Paulo
Museu da República (Rio de Janeiro, RJ)
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